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Polícia

Primeira-dama de Cachoeiro encontrou corpos dos pais em hotel

Luiz Geraldo Duarte Ignez, de 80 anos, e Cacilda Vetoraci Duarte, de 77 anos, foram assassinados a facadas na manhã desta terça-feira (8)

Nicolas Nunes

Redação Folha Vitória
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Foto: Reprodução / Instagram
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A primeira-dama de Cachoeiro de Itapemirim, Keila Vetoraci, foi quem encontrou os corpos dos pais na manhã desta terça-feira (8), em um quarto de hotel no bairro Baiminas. O prefeito do município, Victor Coelho, esteve no local do crime posteriormente.

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De acordo com Felipe Vivas, delegado na Divisão de Homicídios e Proteção a Pessoa (DHPP) de Cachoeiro, Keila se dirigiu ao local para resolver assuntos corriqueiros, e foi a responsável por encontrar a cena do crime.

Luiz Geraldo Duarte Ignez, de 80 anos, e Cacilda Vetoraci Duarte, de 77 anos, foram assassinados a facadas por Valmir Santana Ribeiro, de 38 anos, e Adriana de Souza Santos, de 36 anos. Eles confessaram o crime.

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De acordo com o delegado, a mulher, que já havia se hospedado no hotel anteriormente, ficou com medo de ser reconhecida após o roubo, e decidiu que iria matar o casal de idosos.

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Valmir afirmou à polícia que a mulher foi a mentora do crime, e que incentivou os assassinatos. Adriana foi indagada pelos agentes, mas negou as acusações.

Casal preso queria mudar para o Rio de Janeiro

Valmir confessou à polícia que ele e a mulher pretendiam, com o dinheiro conseguido com o roubo, mudar-se para Campos dos Goytacazes, no Rio de Janeiro.

Segundo a Sesp, o suspeito já tinha uma extensa ficha criminal e cumpriu pena em uma unidade prisional no Espírito Santo.

A polícia informou que a mulher vendia drogas nas ruas de Cachoeiro, atuava como "vapor", pessoa que vende pequenas quantidades de droga nas ruas.

No local do crime, não houve mais feridos, mas os dois cães da família foram encontrados mortos sem perfurações. O homem confessou a morte dos animais. A polícia vai investigar se a morte foi ocasionada por envenenamento ou lesão-contusa, que seria uma pancada.

Crime não teve motivação política, diz secretário

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O secretário de Estado da Segurança, Leonardo Damasceno, afirmou em coletiva de imprensa que o crime não teve motivação política.

"Em princípio, a gente não tem essa linha de investigação. Os dados iniciais coletados sugerem de forma muito clara um latrocínio, ou seja, eles planejaram um roubo naquele estabelecimento e, por algum motivo, em algum momento, eles resolveram também, para assegurar que eles saíssem dali livremente com esses bens roubados, matar esse casal de forma brutal. Então, esse é o indicativo que nós temos até o momento", disse Damasceno.

Segundo o secretário, o casal investigado pelo assassinato fingiu ser hóspede do hotel para cometer o crime.

"O casal fingiu ser hóspede do hotel. Eles já chegaram lá com essa intenção, com o planejamento de roubar o casal. E para roubar, eles ainda cometeram um duplo homicídio. É um crime realmente repugnante! A cena do crime denota isso. Agiram com extrema brutalidade, assassinaram o casal e ainda mataram os animais do casal (dois cães), reviraram todo o estabelecimento e levaram os objetos que tinham interesse para eles", disse.

A pena para o crime de latrocínio, que é roubo seguido de morte, varia de 20 a 30 anos de prisão. "E neste caso ainda tem o agravante de ter sido cometido contra pessoas mais vulneráveis, por serem idosos", completou o secretário, que informou que o Ministério Público foi convidado para participar das diligências.

O delegado-geral José Darcy Arruda classificou o crime como perverso e banal.

"É um crime muito bárbaro! A ação foi muito rápida, isso foi importante, pois é um crime difícil de prever ou prevenir. O inquérito policial seguirá seu rumo e ao seu término será encaminhado ao Ministério Público. Esperamos a condenação em breve", disse Arruda.
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