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Polícia

Um dos suspeitos de mortes de PMs em Cariacica tem ficha extensa e é foragido do sistema prisional

Segundo a autoridade policial, Eduardo estava foragido de Xuri, em Vila Velha, e tinha como antecedentes uma série de roubos e um homicídio qualificado

Redação Folha Vitória
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Foto: Wagner Breciane
Bruno Ferrani e Paulo Celini foram vítimas de homicídio
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O delegado de plantão da Divisão de Homicídios e Proteção à Pessoa, Luiz Gustavo Ximenes, também esteve presente na entrevista coletiva ocorrida no início da tarde deste domingo (16), que tratou das mortes de dois policiais militares em Cariacica. 

Segundo ele, um dos suspeitos de envolvimento, Eduardo Bonfim Meirelles, conta com extensa ficha criminal e estava foragido do sistema prisional desde o ano passado.

Segundo a autoridade policial, Eduardo estava foragido de Xuri, em Vila Velha, e tinha como antecedentes criminais uma série de roubos e um homicídio qualificado. Ele é suspeito de ter sido o autor dos disparos contra os soldados Bruno Mayer Ferrani e Paulo Celini.

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Ximenes relatou ainda que o grupo é uma organização criminosa armada e que, no dia de hoje (16), começou com um roubo e como consequência executou os policiais, que estavam perseguindo estes indivíduos. "O casal do banco de trás realizou uma espécie de emboscada e posteriormente abandonou o veículo, tendo sido abordado na Leste-Oeste. Já o segundo casal foi encontrado em um motel em Cariacica e, no momento da abordagem, um deles forneceu nome falso", afirmou.

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A associação criminosa, pelo que o delegado apurou até o momento, conta com ao menos três integrantes com passagens por roubo e um por homicídio. Nas palavras do delegado, na conclusão das investigações será definida a participação de cada suspeito.

"A princípio todos serão autuados e todos os componentes têm responsabilidade no resultado. Serão autuados por homicídio, associação criminosa armada e roubo. Os assassinatos, inclusive, contaram com um tiro na face de um dos policiais e, quanto ao outro, um disparo na axila esquerda, com entrada e saída do projétil", disse.

Casal se escondeu em motel

O Tenente-coronel Schulz, Comandante do 7º Batalhão da Polícia Militar, contou, também em entrevista coletiva, que um dos casais suspeitos de envolvimento na morte de dois soldados nesta madrugada, em Cariacica, esteve escondido em motel no município e que chegou a deixar uma arma embaixo do colchão.

Segundo a autoridade, o casal que estava à frente do veículo Fox branco, usado durante os crimes, foi abordado em local próximo ao que foi deixado o carro, no bairro Padre Gabriel, em Cariacica. Eric da Silva Ferreira, de 45 anos, e Luana de Jesus Luz, de 26 anos, foram vistos bastante nervosos e confessaram terem participado do crime.

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"Usando nosso serviço de inteligência, começamos a fechar o cerco onde os outros dois poderiam estar escondidos. Tudo levava a crer que poderiam estar escondidos em um motel de Cariacica. De forma velada, policiais foram ao local, fizeram abordagem sem alarde e concluíram a detenção. O casal já estava fora do quarto, mas deixou uma arma de um dos policiais embaixo do colchão, tentavam sair com a arma deles, uma calibre 9 milímetros, e a do outro policial. Foi feita a abordagem, sem reação por parte deles, por volta de 10h30 da manhã", disse.

De acordo com Schulz, os dois, Eduardo Bonfim Meireles e Erica Lopes Ferreira, confessaram que se esconderam e que tinham bebido a noite toda em comemoração ao aniversário de 40 anos de Eduardo. "As investigações identificarão a participação de cada um", concluiu o Tenente-coronel.

Assalto

A ocorrência que terminou na morte dos PMs começou na Rodovia Leste-Oeste, após um grupo de pessoas ser assaltado também durante a madrugada. As quatro vítimas, três homens e uma mulher gestante, estavam em um carro, depois de passar a curva e bater no meio fio, o pneu do carro furou.

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Foi neste momento que um segundo veículo se aproximou dos ocupantes. Um homem que preferiu não ser identificado à reportagem da TV Vitória contou que a princípio os suspeitos ofereceram ajuda, mas logo em seguida anunciaram o assalto.

De acordo com testemunhas, os assaltantes eram dois homens e duas mulheres. Os criminosos roubaram os pertences do grupo e uma das mulheres teria ainda atirado contra uma pessoa, no entanto, a bala atingiu a cabeça de raspão.

Depois de receber atendimento médico, o homem atingido de raspão voltou ao local do crime para reconhecer os suspeitos e contou para a mãe que, no momento que seria novamente atingido, os policiais Bruno e Paulo apareceram.

Perseguição termina na morte dos agentes

De acordo com a Secretaria Estadual de Segurança Pública, os militares estavam perseguindo o veículo dos assaltantes e, ao abordar os suspeitos, foram surpreendidos pelos criminosos que se esconderam atrás de um caminhão. As rodas do veículo foram atingidas assim como o tanque foi perfurado.

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A perseguição seguiu pelas ruas de Santa Bárbara. Os dois carros entraram em um terreno e foi nesse momento que o tiroteio começou. Os militares chegaram a ser socorridos, mas não resistiram e morreram.

Foram os próprios militares que socorreram as vítimas. Eles foram levados para um hospital particular do município, mas já chegaram sem vida. Uma moradora conta que tudo aconteceu por volta das 3h da manhã e que foram ouvidos muitos tiros.

Segundo consta no registro da ocorrência, as armas dos policiais foram levadas pelos criminosos.

Além de soldado na Polícia Militar, Paulo Eduardo Celini era bacharel em Educação Física e havia se casado há poucos meses. Já Bruno Mayer, também era casado e deixa esposa e uma filha.

Governador lamenta morte dos agentes

Nas redes sociais, Renato Casagrande se pronunciou sobre o ocorrido e decretou luto de três dias e informou que suspeitos já foram detidos.

"Lamento profundamente a morte dos policiais Bruno Mayer e Paulo Eduardo, ocorrido nesta madrugada, em Cariacica. Minha solidariedade aos seus familiares e amigos. Importante dizer: este crime não ficará impune. Vários suspeitos já foram detidos e não descansaremos até que todos os envolvidos estejam na cadeia. Decretarei luto de três dias."

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