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Polícia

Motorista que atropelou modelo em Camburi bebeu 43 goles de cerveja e vodca, diz polícia

Além da bebida, no veículo da suspeita foram encontradas duas caixas do medicamento “Prebictal”, cuja bula indica alterações na capacidade de dirigir e na acuidade (percepção) da visão

Isabella Arruda

Redação Folha Vitória
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Foto: Reprodução/TV Vitória
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Com a conclusão do inquérito que indiciou Adriana Felisberto, motorista do veículo que atropelou Luisa Lopes, na Avenida Dante Michelini, em Vitória, a Polícia Civil apresentou relato detalhado do consumo de bebida pela condutora, pouco antes do atropelamento e morte da modelo e estudante universitária.

Por meio de análise criteriosa de câmeras de um bar famoso da região do Triângulo, na Praia do Canto, foi detectado que Adriana ingeriu 23 goles de cerveja e 20 de vodca. 

Além da bebida, no veículo da suspeita, de 33 anos, foram encontradas duas caixas do medicamento “Prebictal”, cuja bula indica alterações na capacidade de dirigir e na acuidade (percepção) da visão.

Veja o que o delegado à frente do caso concluiu:

Além dos fatos ocorridos em um bar, que foi o segundo visitado pela condutora na noite do crime, tendo sido o primeiro no bairro de Jardim Camburi, a autoridade policial destacou a frieza com que a corretora de imóveis, Adriana Felisberto, agiu diante da situação.

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No inquérito, há frases da suspeita como: “Eu acabei de estourar a cabeça dessa mulher aí”, “não quero saber dela não”, “ela era provavelmente uma empregada doméstica, sem importância”, “olha o que aconteceu com o meu carro”.

Outro lado

Tentado contato com a defesa da motorista, que foi realizada pelo advogado Jamilson Monteiro na audiência de custódia, ainda não foi obtida resposta. Esta publicação será atualizada quando houver retorno.

O indiciamento

Segundo a Polícia Civil, Adriana Felisberto, motorista do veículo que atropelou Luisa, foi indiciada pelo crime de homicídio doloso duplamente qualificado, por perigo comum e impossibilidade de defesa da vítima na modalidade de dolo eventual, evidenciado principalmente pelo estado de embriaguez, velocidade e indiferença da indiciada com os fatos.

O delegado responsável pelo caso, Maurício Gonçalves, representou pela prisão preventiva da indiciada e pela suspensão do seu direito de dirigir.

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Conforme consta no Inquérito Policial, a condutora do veículo, de 33 anos, após ingerir remédio de uso controlado e bebida alcoólica, assumiu a direção do veículo e, no momento em que trafegava pela Avenida Dante Micheline, em excesso de velocidade, colidiu contra a bicicleta conduzida pela vítima, que foi projetada contra o veículo, lançada para o alto e, na sequência, projetada contra a via, vindo a óbito.

Foto: Divulgação / Polícia Civil

A investigação coletou depoimentos de testemunhas, documentos e imagens de videomonitoramento, reproduzindo a sequência de fatos da noite.

Imagens mostraram motorista bebendo em bar

De acordo com a investigação, na ocasião, a motorista esteve em um restaurante localizado no bairro Jardim Camburi, em Vitória, onde consumiu cerveja. Na sequência, ela assumiu a direção do veículo e se dirigiu a um bar no bairro Praia do Canto, onde bebeu cerveja e vodca.

Foto: Divulgação / Polícia Civil

Analisando as imagens de videomonitoramento do segundo estabelecimento, a Polícia Civil constatou que, apenas neste local, a motorista ingeriu 23 goles de cerveja, adquirida por ela, e 20 goles de vodca, fornecida por outro cliente do bar para ela. Ao sair do estabelecimento, ela assumiu novamente a direção do veículo e, na Avenida Dante Michelini, cometeu o crime.

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A equipe da Delegacia Especializada de Delitos de Trânsito também teve acesso a imagens registradas no local do fato, que mostram que a Luisa iniciou a travessia da via na faixa de pedestres, porém, um segundo antes do atropelamento, ela desviou a bicicleta para o lado direito, saindo momentaneamente da faixa, provavelmente num ato de reflexo, ao visualizar o veículo se aproximando.

Na análise dessas mesmas imagens, a equipe constatou que o semáforo se encontrava verde para o veículo, entretanto, tal fato não exime a motorista de sua responsabilidade.

Após o atropelamento, a condutora do veículo se negou a fazer o teste do bafômetro e alegou para policiais militares que estava sob efeito de medicamentos de uso controlado.

Na ocasião, ela foi conduzida para a 1ª Delegacia Regional de Vitória onde foi autuada em flagrante pelo crime de embriaguez ao volante e encaminhada ao Centro de Triagem de Viana (CTV), sendo liberada posteriormente após recolhimento de fiança.

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A conclusão do Inquérito e representação pela prisão preventiva foram encaminhadas na última quarta-feira (05) para o Ministério Público do Espírito Santo (PMES).

Relembre o caso

O acidente que resultou na morte de Luísa Lopes aconteceu na noite do dia 15 de abril, na Avenida Dante Michelini, em frente ao Clube dos Oficiais. A jovem andava de bicicleta, quando foi atingida pelo veículo dirigido por Adriana Felisberto.

Foto: Reprodução | Instagram Luísa Lopes
A vítima do atropelamento na Dante Michelini

As câmeras de videomonitoramento da via registraram o momento da colisão. Segundo a Secretaria de Segurança Urbana de Vitória, Luísa teria atravessado fora da faixa de pedestres e com o sinal aberto para os veículos.

De acordo com a polícia, a motorista do carro que atingiu a jovem apresentava sinais de embriaguez. No entanto, Adriana se recusou a fazer o teste do bafômetro. Ela chegou a ser presa, mas foi liberada após pagar uma fiança de R$ 3 mil.

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