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Polícia

Justiça decreta prisão preventiva de suspeito de matar vendedora em Cachoeiro

Roseli Valiate Farias, de 47 anos, estava desaparecida desde o último domingo. O corpo dela foi encontrado em uma estrada no interior de Presidente Kennedy

Rodrigo Araújo

Redação Folha Vitória
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Foto: Divulgação / Facebook
Roseli Valiate Farias estava desaparecida desde o último domingo
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A Justiça decretou a prisão preventiva de Alexandre Vaz Nunes, suspeito de assassinar e esconder o corpo da vendedora Roseli Valiate Farias, de 47 anos. O crime aconteceu em Cachoeiro de Itapemirim, no sul do estado. A vítima estava desaparecida desde o último domingo (17).

Alexandre foi preso em flagrante, na última quarta-feira (20), por policiais civis da Delegacia Especializada de Homicídio e Proteção à Pessoa (DHPP) de Cachoeiro. Nesta sexta (22), ele passou por audiência de custódia, quando a juíza Priscilla de Oliveira converteu a prisão de flagrante para preventiva.

Em sua decisão, a magistrada lembrou que, no momento da prisão do suspeito, a polícia encontrou com ele diversas armas e munições, de diversos calibres. Além disso, ela destaca que o custodiado teria escondido o corpo da vítima.

"Nesse contexto, a prisão do autuado é de rigor para garantir a ordem pública e a conveniência da instrução criminal, até que os fatos venham a ser melhor esclarecidos pelo juiz natural", escreveu.

Corpo de vendedora foi escondido em uma estrada no interior de Presidente Kennedy

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No momento em que foi preso, no bairro Sumaré, em Cachoeiro, Alexandre indicou para a polícia o local onde teria escondido o corpo da vítima. 

O lugar indicado foi uma estrada vicinal, na localidade de Marobá, em Presidente Kennedy, próximo à divisa do Espírito Santo com o Rio de Janeiro.

Os policiais estiveram no local e encontraram um corpo humano feminino, em estado de decomposição. O cadáver foi levado para o Serviço Médico Legal (SML) de Cachoeiro de Itapemirim, para ser identificado.

O carro de Roseli foi encontrado, na última segunda-feira (18), em um trevo em Cachoeiro de Itapemirim, estacionado e trancado. Dentro do veículo, foram encontrados um chinelo e a bolsa da vítima. 

A polícia teve acesso às imagens feitas por câmeras de videomonitoramento de estabelecimentos próximos, que mostraram que o suspeito havia abandonado o carro no local. Dessa forma, os policiais foram atrás dele.

Suspeito alega que matou vendedora por não querer se relacionar com ela

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Em depoimento à polícia, após ser preso, Alexandre contou que o motivo do crime foi o fato de Roseli insistir em manter um relacionamento amoroso com ele, que afirmou que não tinha interesse em se relacionar com ela.

O suspeito contou que ele e a vendedora se conheceram em abril, em um aplicativo de relacionamentos, e vinham conversando desde então. No entanto, ele alega que queria apenas uma amizade, por já se relacionar com outra pessoa, enquanto a vítima queria ter um relacionamento amoroso. 

Dessa forma, o suspeito optou por assassinar a vendedora, como forma de “resolver o problema”.

No dia do crime, Alexandre convidou a vítima para assistir a um jogo de futebol em sua casa. Ela adormeceu na sala do imóvel. O suspeito, então, carregou uma arma de fogo com uma única munição, se aproximou da vítima e atirou.

Na manhã do dia seguinte, já com a informação sobre o desaparecimento de Roseli, a polícia se dirigiu à residência de Alexandre para colher seu depoimento. 

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Ele, então, preferiu não atender a equipe dentro de sua casa, já que o corpo da vítima ainda estava na residência. Por causa disso, o suspeito prestou o primeiro depoimento à polícia fora de casa.

Após conversar com os policiais, Alexandre retirou o corpo do imóvel, o colocou em um veículo e seguiu até uma estrada vicinal na localidade de Marobá, em Presidente Kennedy. Lá, enterrou o corpo da vítima e seguiu para casa.

Segundo o delegado titular da DHPP de Cachoeiro de Itapemirim, Felipe Vivas, a versão do suspeito corresponde às informações levantadas pela Polícia, e ainda há diligências a serem realizadas. 

“Ainda temos coisas a serem realizadas, tais como perícia na arma do crime, no imóvel do suspeito e no veículo que apreendemos. Nossa prioridade foi dar uma resposta rápida à família”, afirmou o delegado.

O suspeito foi autuado em flagrante pelo crime de ocultação de cadáver e foi encaminhado para o Centro de Detenção Provisória (CDP) de Cachoeiro de Itapemirim, onde permanece à disposição da Justiça.


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