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Polícia

Ministério Público denuncia padrasto acusado de espancar a enteada até a morte na Serra

O caso aconteceu no bairro Cidade Nova, na Serra. No corpo da menina Aghata Vitória Santos Godinho, de 5 anos, foram encontrados sinais de violência

Redação Folha Vitória
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Foto: Reprodução TV Vitória
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O Ministério Público do Espírito Santo (MPES) denunciou o padrasto da menina Aghata Vitória Santos Godinho, de 5 anos, que morreu no último dia 19, com suspeita de espancamento. Elisnay Borges Eloy, de 35 anos, é o principal suspeito de agredir a enteada até morte. O caso aconteceu no bairro Cidade Nova, na Serra.

O MPES, por meio da Promotoria de Justiça Criminal da Serra, requer que Elisnay seja submetido a julgamento pelo Tribunal Popular do Júri e condenado por homicídio, com diversas qualificadoras. Além disso, pede o aumento de pena em um terço, pelo crime ter sido praticado contra menor de 14 anos.

Elisnay está preso no Centro de Triagem de Viana (CTV). De acordo com o Ministério Público Estadual, consta nos autos que, após a agressão, que causou hemorragia interna e trauma em vários órgãos, o acusado colocou o corpo da vítima sobre a cama, com intuito de simular morte natural e, demonstrando calma, solicitou ajuda da cunhada, que reside em local próximo. Segundo a acusação, Elisnay alegou que a enteada passou mal após o almoço e vomitou, apesar de a perícia não ter encontrado vestígio de vômito.

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Para o MPES, o crime foi cometido por motivo torpe, praticado por meio cruel, com espancamento que gerou intenso e desnecessário sofrimento à vítima e de forma que ela não pôde se defender. Dessa forma, além de pedir que o acusado seja julgado e condenado pelo Tribunal do Júri, o Ministério Público requer a manutenção da prisão preventiva dele, por não haver, por ora, alteração que justifique a soltura.

Relembre o caso

De acordo com informações apuradas pela reportagem da Rede Vitória, a mãe da criança, uma jovem de 23 anos, saiu de casa para ir até a autoescola fazer aulas, por volta das 14 horas do dia 19 deste mês. Com isso, a criança teria ficado sozinha com o padrasto. Pouco tempo depois, ela recebeu uma ligação da irmã dizendo que a criança estava desacordada.

Quando a mãe voltou para a casa, por volta das 18 horas do mesmo dia, ela e o padrasto levaram a menina até um posto de apoio da concessionária Eco101, em busca de socorro. O padrasto alegou que a menina passou mal, vomitou e pediu para dormir após o almoço.

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Os socorristas chamaram a Polícia Militar, que foi até o local. No Departamento Médico Legal (DML) constataram que a vítima, que já estava morta, tinha muitos machucados pelo corpo, com sinais de espancamento.

Posteriormente, todos foram encaminhados para o Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP). O padrasto foi questionado pela polícia, mas preferiu não falar nada sobre o assunto. Ele foi autuado em flagrante por homicídio, por ter ficado em casa sozinho com a criança, e foi encaminhado para o Centro de Triagem de Viana.

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