Cristian Cravinhos é condenado a 4 anos e 8 meses por suborno a PMs
A condenação se refere a uma tentativa de suborno feita por Cristian a policiais militares para que não fosse preso em um bar de Sorocaba, no interior de São Paulo
Cristian Cravinhos, um dos envolvidos no caso Suzane Von Richtofen, foi condenado na segunda-feira (8), no Fórum de Sorocaba, a quatro anos e oito meses de prisão em regime fechado pelo crime de corrupção ativa.
A condenação se refere a uma tentativa de suborno feita por Cristian a policiais militares para que não fosse preso em um bar de Sorocaba, no interior de São Paulo. O fato ocorreu no dia 17 de abril de 2018.
Na ocasião, ele, que teria agredido a mulher com quem matinha relacionamento, foi detido com munição calibre 9 milímetros, de uso restrito, sem ter autorização. Nas mesmas circunstâncias, ofereceu o valor de R$ 1.000,00 aos policiais militares para que não o prendessem.
O R7 entrou em contato com a defesa de Cristian Cravinhos, representada pelo advogado Ivan Peterson de Camargo, que informou que não se pronunciaria antes de conversar com seu cliente.
Cravinhos relatou ter brigado com sua ex-mulher, pois, segundo ele, ela havia entrado em seu Faceboook sem sua autorização, visto manifestações de mulheres e reagido negativamente. Pela rede social, ele teria conhecido duas mulheres com as quais se encontrou em Sorocaba. No encontro, teria, inclusive, relatado a participação no caso de Suzane Von Richthofen.
A ex-mulher de Cravinhos teria o rastreado por meio de um chip de celular. Após discutir com a ex-companheira, saiu do carro e voltou a se encontrar com as duas mulheres que o acompanhavam.
Nesse momento, uma viatura de polícia parou próximo ao estabelecimento em que estavam. Os policiais teriam dito que haviam recebido duas ligações, uma dizendo que ele estava agredindo sua mulher e outra que estava armado.
Cravinhos negou as acusações, porém quando os policiais pediram a documentação, verificaram que se tratava de Cristian Cravinhos. Os policiais questionaram, então, segundo o processo, se ele estava com o alvará e ele teria dito que não.
Os PMs teriam chamado o suspeito para uma conversa, mas Cravinhos teria negado. De acordo com a decisão, ele iniciará o cumprimento da pena no regime fechado, em razão da reincidência e das circunstâncias judiciais desfavoráveis.
"O réu permanece preso cautelarmente desde 18 de abril de 2018 e, considerando o montante da pena aplicada, observo que ele ainda não cumpriu 1/6 (um sexto) de sua pena privativas de liberdade durante o curso do processo, motivo pelo qual não faz jus à adequação, permanecendo o regime inicial fechado", diz a decisão.
Segundo a decisão, ele não poderá apelar em liberdade, pois permaneceu preso durante todo o processo. Na decisão a magistrada Margarete Pellizari afirma que "a custódia deve de ser mantida, pela necessidade de garantia da ordem pública, levando-se em conta o desrespeito à Justiça e, mais ainda, a uma das mais respeitáveis instituições, a Polícia Militar".
"Cravinhos foi condenado a altíssima pena por crime de homicídio triplamente qualificado e, em cumprimento de pena, livre por concessão de benesse executória, voltou a ser condenado por tentativa de corromper dois agentes públicos", conclui a decisão.
* Com informações do Portal R7.