Uma semana após anúncio de policiamento em ônibus na GV, moradores ainda reclamam de insegurança
A linha 616, do Transcol, é apontada como uma das mais perigosas da Grande Vitória. Tanto que está na lista do governo do Espírito Santo para que circule com a presença de policiais
Mesmo após o reforço do policiamento em linhas consideradas as mais perigosas dos ônibus que circulam na Grande Vitória, pegar o coletivo ainda é problema para quem mora no bairro Barramares, em Vila Velha. Passageiros que utilizam a linha 616 denunciam insegurança.
Um jovem foi agredido em um ônibus do sistema de transporte coletivo, que circulam no bairro Morada da Barra, Vila Velha. "Os caras pararam no busão, perguntaram de onde eu era e eu disse que era daqui de Morada da Barra e aí eles pegaram e começaram a me bater, pegaram meu cordão e meu celular. Eles não quiseram nem saber", disse um jovem de 17 anos vítima de um assalto dentro do ônibus.
A linha 616, do Transcol, é apontada como uma das mais perigosas da Grande Vitória. Tanto que está na lista do governo do Espírito Santo para que circule com a presença de policiais militares. O medo ronda até quem espera para embarcar no ônibus.
Se a insegurança da linha assusta os passageiros, da mesma forma, afugenta quem trabalha na linha 616. Motoristas e cobradores chegaram a desativar o ponto final, em Morada da Barra. “Não tem como parar aqui. Todo dia sempre tem algum problema. É incrível quando não tem um problema nessa linha”, afirma o cobrador do ônibus, Paulo Felipe.
A equipe de reportagem da TV Vitória acompanhou parte do itinerário da linha. Durante a viagem, a impressão é de que os passageiros estão sempre apreensivos.
Criminosos monitoram a presença dos policiais nos ônibus. A denúncia dá conta de que os integrantes de gangues embarcariam em três pontos em Barramares. “Geralmente eles param o ônibus, entram, procuram quem eles querem, roubam quem eles querem e depois saem do ônibus de cara limpa”, diz um morador do bairro que utiliza o ônibus.
O governo decidiu colocar PMs, nos ônibus, na terça-feira, 30 de setembro, quando motoristas e cobradores cruzaram os braços. Os profissionais deixaram os passageiros a pé, como forma de protesto por segurança. A manifestação provocou um caos, na Região Metropolitana e terminou depois de medidas anunciadas pelo secretário de segurança, André Garcia.