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Polícia

Protocolo de morte cerebral é iniciado em jogador de futebol baleado por tiro acidental

Murilo Costa Félix Oliveira, de 14 anos, atingido por um tiro acidental, segue internado em estado gravíssimo no Hospital Infantil de Vitória

Lucas Gaviorno *Estagiário

Redação Folha Vitória
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Foto: Reprodução TV Vitória
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O adolescente Murilo Costa Félix Oliveira, de 14 anos, atingido por um tiro acidental, segue internado em estado gravíssimo no Hospital Infantil de Vitória. O pai dele, Abraão Nascimento Oliveira, que é enfermeiro, explicou que os médicos iniciaram o protocolo de morte cerebral.

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A última etapa do protocolo será na parte da tarde. Segundo Abraão, Murilo passará por um exame de arteriografia, que permite avaliar a circulação sanguínea no cérebro. 

Esse exame será feito em outro hospital e, dependendo do resultado, os médicos irão atestar ou não a morte cerebral do adolescente, que é jogador de futebol sub 15.

O caso aconteceu na madrugada de sábado (21) para domingo (22), dentro de uma casa do bairro São Geraldo, em Cariacica. 

Abraão acredita que o filho tentou fazer uma selfie com arma do pai do amigo, mas a arma disparou.

"Eles estavam dentro de uma residência, o garoto abriu o cofre do pai, mostrou a arma para todos os adolescentes que estavam na residência. Eu acho que o meu filho, por nunca encostar em uma arma, teve a curiosidade de pegar, apontou para a cabeça e por relatos de outras pessoas, ele queria tirar uma selfie e essa arma acabou disparando na cabeça dele", afirmou o pai de Murilo.

Abraão recebeu a notícia em casa e foi para o hospital acompanhar a situação do filho. Ele explicou que o tiro entrou e saiu na cabeça do Murilo.

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Murilo Costa Félix é atleta de futebol. O amigo dele que levou a arma tem 15 anos e foi apreendido. 

O delegado Fábio Pedroto explicou por qual crime e disse que trabalha com duas linhas de investigação.

"Diante dos fatos apresentados, nós vamos trabalhar com duas possibilidades investigativas. A primeira delas seria um ato infracional análogo a homicídio. A segunda delas seria uma possibilidade culposa de ter produzido este resultado, ou seja, a perspectiva de termos ali dois adolescentes com uma arma de fogo, buscando alguma gravação de vídeo para posterior publicação em rede social, e diante dessa situação, manipulando uma arma de fogo sem habilitação para tanto, até porque adolescente não deve ter acesso à arma de fogo. Pode ter ocorrido eventualmente um disparo acidental, resultando em um final trágico", afirmou o delegado.

De acordo com o delegado, a investigação está em andamento. Ainda nesta segunda, a perícia deve ir até a casa onde o crime aconteceu. A polícia quer ter certeza se foi Murilo mesmo quem atirou.

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Sobre a arma, o delegado revela que o revólver está irregular e que a arma não está no nome do pai do adolescente, amigo de Murilo.

"Já foram requisitadas as perícias no local do fato. Já foi tamb´em solicitada a perícia da vítima no ambiente hospitalar. A vítima está internada e requer cuidados. A equipe já está se deslocando para o local para detalhar esta situação, e também a perícia da arma de fogo, porque vai ser importante termos essas informações para podermos concluir naquele ambiente", detalha Fábio Pedroto.

A família de Murilo segue no hospital. Abraão disse que a mãe do menino que pegou a arma do pai ligou lamentando o acidente.

"Eu não conheço a mãe e o pai dessa criança, mas a mãe me ligou e me desejou forças, mas enfim. Eu não sei como está o filho dela, não o culpo por nada. Oriento os pais não deixarem armas próximas aos seus filhos para esse tipo de acidente não acontecer novamente", disse Abraão.

O delegado orienta as pessoas a não manipularem armas de fogo sem habilitação, principalmente menores de idade.

*Com informações do repórter André Falcão, da TV Vitória/Record

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