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Polícia

Caso Íris: testemunhas são ouvidas em primeira audiência

Audiência foi realizada presencialmente na Vara Única de Alfredo Chaves. A enfermeira Íris Rocha foi encontrada morta em janeiro. Ex-namorado foi preso

Maria Clara Leitão

Redação Folha Vitória
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Foto: Divulgação
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A audiência de instrução do julgamento do caso da enfermeira Íris Rocha, de 30 anos, continuará no dia 24 de outubro. O ex-namorado da jovem, Cleilton Santana, foi denunciado pelo Ministério Público do Estado por feminicídio, praticado por motivo torpe.

Durante a primeira fase, realizada na tarde desta quinta-feira (19), foram apresentadas provas e ouvidas testemunhas da acusação e de defesa. Entre elas estão: uma amiga da vítima, delegados e peritos. 

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Em entrevista ao Folha Vitória, o advogado da família de Íris, Fábio Marçal explicou que ainda devem ser ouvidas duas testemunhas de acusação que não compareceram. “Além do acusado, que vai estar presencialmente”. 

Marçal também ressaltou depoimento de delegados, investigadores e peritos que atuaram nas investigações do caso. “Tenho que exaltar o trabalho da Polícia Civil, os depoimentos da delegada e do investigador está sendo fundamental". 

Já o advogado Rafael Almeida, que faz a defesa de Cleilton, confirmou a continuação da audiência no dia 24 de outubro. 

Enfermeira grávida de 8 meses foi morta com quatro tiros

O crime aconteceu em 11 de janeiro deste ano, na localidade de Carolina, em Alfredo Chaves. 

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Segundo a denúncia, Cleilton, agindo premeditadamente, levou a vítima a um lugar ermo, de mata e sem residências por perto, e fez quatro disparos de arma de fogo contra ela.

Na sequência, ele jogou o corpo de Íris em um terreno, despejando cal desidratado, com o objetivo de ocultar a localização e agilizar o processo de decomposição.

Durante as investigações, foi apurado que Cleilton e Íris mantinham um relacionamento em que ele exercia sobre a vítima extremo controle sobre suas atitudes e comportamentos, com sentimento de posse, não admitindo qualquer contrariedade, o que o levou a tirar a vida da vítima.

Cleilton foi preso em 18 de janeiro, no momento em que passava em um carro com o advogado pelo posto da Polícia Rodoviária Federal (PRF) em Viana, na BR-262.

Investigações foram concluídas pela Polícia Civil

As investigações sobre a morte de Íris já foram concluídas. Segundo a Polícia Civil, o crime teria sido motivado pelo fato do ex-namorado duvidar que seria pai do filho que Íris esperava.

Ele teria contado isso para o próprio pai. No entanto, exames de DNA comprovaram que Cleiton era o pai da criança.

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As investigações também mostraram que a vítima foi alvejada por quatro tiros, sendo um no braço esquerdo, dois na axila e um na cabeça, acima do olho direito.

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Enfermeira relatou agressão do ex-namorado em áudio

Em áudio obtido pela reportagem do Folha Vitória, enviado para uma amiga, Íris denunciou sobre a agressão física que sofreu por parte do então namorado, Cleilton Santana.

Na mensagem, ela conta que “apagou e acordou no chão cuspindo sangue”. O caso aconteceu em outubro do ano passado, pouco mais de três meses antes de ser executada.

A delegada destacou que o desfecho do caso serve como lembrete da importância da conscientização sobre a gravidade do feminicídio. “E da necessidade de combater ativamente a violência contra as mulheres”.

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