Marido de médica assassinada tem prisão preventiva decretada pela Justiça
O motorista Robson Santos também teve a prisão preventiva decretada; Juliana Ruas El-Aouar era filha do também médico, ex-prefeito e ex-vereador de Teófilo Otoni
O ex-prefeito de Catuji, em Minas Gerais, Fuvio Luziano Serafim, de 44 anos e o motorista Robson Gonçalves dos Santos, tiveram a prisão preventiva decretada pela Justiça neste domingo (03). Eles são acusados de matar a médica Juliana Ruas El-Aouar.
Conforme o termo de audiência de custódia, por conta da “reprovabilidade das condutas em tese praticadas pelos autuados” e para a “garantia da ordem pública”, o juiz entendeu ser necessária uma segregação cautelar dos acusados.
Diante disso, Fuvio e Robson tiveram a prisão em flagrante convertida em prisão preventiva.
Segundo advogado criminalista Síderson do Espírito Santo Vitorino, contratado pela família da médica, “é feito o fornecimento de todas as informações quanto à vida do casal”.
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Em nota, a Polícia Civil informou que o ex-prefeito foi autuado em flagrante por homicídio qualificado por motivo torpe mediante recurso que dificulte ou torne impossível a defesa do ofendido, cometido contra a mulher por razões da condição de sexo feminino (feminicídio).
Já o motorista, foi autuado em flagrante por homicídio qualificado por motivo torpe mediante recurso que dificulte ou torne impossível a defesa do ofendido. Ambos foram encaminhados ao sistema prisional e o caso seguirá sob investigação.
Entenda o caso
Segundo o boletim de ocorrência, a ´Polícia Militar recebeu informações de um possível homicídio ocorrido nas dependências do hotel. Quando os militares chegaram no local, a gerente informou que Juliana estava hospedada com o marido, identificado como Fuvio Luziano Serafim, de 44 anos, em um quarto.
Já o motorista do casal, Robson Gonçalves dos Santos, de 52 anos, estava hospedado em outro quarto, no mesmo andar. A gerente relatou ainda que outros hóspedes reclamaram de bagunça e barulhos no quarto de Juliana e Fuvio durante a madrugada e, já pela manhã, o marido da médica apareceu na recepção bastante alterado.
Segundo a funcionária, ele estava com pressa para pagar a conta, alegando que sua esposa estava passando muito mal e chegou a desmaiar.
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O Samu foi acionado e, ao chegar no local, a equipe constatou o óbito da Juliana. Considerando a possibilidade de tratar-se de um cenário de crime, a perícia foi acionada e realizou o isolamento área.
Durante as investigações ainda no local, foi constatado, através de câmeras de monitoramento interno, uma movimentação de entrada e saída no quarto do casal durante a madrugada, entre o marido da médica e o motorista.
Marido e motorista contaram versões diferentes
Ao serem questionados sobre o que teria ocorrido, o marido da médica relatou que a esposa havia passado por um procedimento cirúrgico no dia anterior (sexta-feira) e, em seguida, eles teriam ido a uma churrascaria.
Eles retornaram para o hotel e, ao acordar na manhã de sábado, ele teria encontrado Juliana desmaiada na cama, possivelmente em óbito.
Fuvio relatou que fez contato com o Samu e foi orientado a colocá-la no chão do quarto para tentar reanimá-la.
Já o motorista do casal relatou que foi chamado por Fuvio para ir ao quarto, pois Juliana havia caído no banheiro e precisava de ajuda.
A polícia destacou que ambos apresentaram versões diferentes do cenário encontrado pela perícia, que foi um quarto revirado com garrafas de cerveja, sangue nas roupas de cama, a mulher machucada, além de vidros de remédio quebrados.
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