Criança diz que ameaçou escola na internet para ganhar R$ 30 em jogo

A criança que fez ameaças a uma escola da rede municipal de Vitória foi identificada pela Polícia Civil. O menino de 11 anos estuda no colégio. Para fazer a postagem, ele contou que receberia R$ 30,00 de um adolescente que conheceu no chat de um jogo online.

A foto enviada para a escola era de uma arma e de um carregador. Ela foi baixada da internet e postada em um perfil fake criado pela criança, que marcou a conta da escola e fez ameaças. Ele dizia: "cuidado, escola! A escola vai acabar!"

A postagem foi feita na quarta-feira da semana passada, (24). A unidade de ensino fez um boletim de ocorrência e comunicou o caso à Delegacia Especializada em Crimes Cibernéticos, que instaurou uma investigação.

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"Uma criança de 11 anos foi identificada como responsável pela postagem. Ela foi conduzida, junto aos seus pais, e ela confessou o caso. Também encontramos o telefone celular com o perfil falso que ele havia feito", disse o Titular da delegacia de Crimes Cibernéticos, Brenno Andrade.

De acordo com as investigações, o menino receberia R$ 30,00 para fazer a postagem, proposta por um adolescente de 13 anos que mora em outro Estado. Os dois se conheceram por meio do chat de um jogo online, que simula troca de tiros entre os personagens, em que o único objetivo é eliminar e matar os adversários.

"Esse adolescente de 13 anos pediu para a criança fazer a postagem e escolheu a escola que ela estudava e fez, causando pânico aos alunos e professores", disse o delegado.

De acordo com ele, o celular de onde partiu a postagem pertence ao menino. Em depoimento, os pais disseram que não sabiam, mas poderiam ser responsabilizados caso as ameaças se concretizassem. 

"Os pais têm o dever da educação das crianças, que se forma em casa e, em tese, não vemos isso acontecendo. As crianças são criadas, muitas vezes, pelo mundo, pela internet, pela rua. Criminosos se aproveitam disso", afirmou Brenno.

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Por ser uma criança, o menino não será penalizado. Mas o adolescente que incentivou a postagem poderá, sim, responder pelo que fez. Ele ainda será ouvido pela Polícia Civil. O Estado onde o adolescente mora não foi divulgado.

O delegado reforçou a importância de os pais ficarem sempre atentos ao que os filhos fazem na internet, seja no celular ou no computador. Ele destacou várias formas de controlar o acesso ou monitorar os conteúdos.

"Fiscalizem o histórico de navegação dos filhos na internet, instalem programas de controle parental que limitam o acesso a tipos de conteúdo", finalizou Andrade.

*Com informações da repórter Fernanda Batista, da TV Vitória/RecordTV