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Polícia

"Rei do Camarote" é encontrado morto pela polícia em apartamento na Praia do Canto

Empresário Nelson Avidos Magalhães Filho foi preso em 2016, acusado de dar golpes que somaram mais de R$ 1 milhão

Marcelo Pereira

Redação Folha Vitória
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Foto: Reprodução/TV Vitória
Nelson Avidos Magalhães Filho foi encontrado morto em um apartamento na Praia do Canto, em Vitória
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O empresário Nelson Avidos Magalhães Filho, 33 anos, foi encontrado morto em um apartamento na Praia do Canto, em Vitória. Conhecido como "Rei do Camarote", ele foi preso em 2016, acusado por aplicar golpes de estelionato na região metropolitana, lesando as vítimas em mais de R$ 1 milhão. 

O corpo foi identificado por um investigador da policial civil que foi ao local na manhã de terça-feira (21) para cumprir um mandado de prisão em aberto que tinha o empresário como alvo.

Segundo a Polícia Militar, a ocorrência foi registrada como suicídio e, por este motivo, não informaria mais detalhes. 

A reportagem tentou contato com o advogado de Magalhães Filho, mas o telefone informado no portal da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB-ES) está desatualizado. O espaço está aberto para manifestação do profissional de defesa bem como da família do empresário.

O corpo foi encaminhado ao Departamento Médico Legal (DML) de Vitória para reconhecimento por parte dos familiares. A Polícia Civil não deu mais detalhes pois não tem autorização para divulgar informações sobre identificação ou liberação de corpos encaminhados ao DML.

Vítima de estelionato tomou prejuízo de R$ 600 mil

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Em fevereiro de 2016, quando foi preso, Magalhães Filho era acusado de estelionato. Ele era o dono da boate Adega Sertaneja, na Praia do Suá, em Vitória. 

De acordo com a então delegada adjunta da Delegacia de Defraudações e Falsificações (Defa), Rhaiana Brememkamp, somando todos os golpes, ele teria faturado mais de R$ 1 milhão.

Leia também: Dono de boate é preso suspeito de faturar mais de R$ 1 milhão em golpes na GV

Um empresário, que preferiu não se identificar, disse que foi uma das vitimas. Ele teve um prejuízo superior a R$ 600 mil. “Ele mandou um depósito frio para uma pessoa, e essa pessoa me disse que era falso. A partir daí, eu comecei a monitorar a operação que eu tinha feito com ele”, contou.

Quando o empresário percebeu que tinha caído em um golpe, acionou a polícia. “Eu falei para ele que a casa caiu, que eu havia puxado a ficha e pedi para ele me devolver tudo. Ele disse que iria pagar, mas depois ameaçou puxar uma arma para mim. Eu dei uma chave de braço nele, e depois a polícia chegou e o prendeu em flagrante”, relatou o empresário. 

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Na ocasião, a delegada apontou outros 10 boletins de ocorrência entre estelionato, agressões e ameaças pessoais. A polícia informou que ele sempre agia da mesma forma: fazia transações de veículos, comprava equipamentos, porém as vítimas nunca recebiam o dinheiro.

Com os golpes aplicados, Nelson vivia uma vida de luxo e ostentava nas redes sociais. Com a prisão dele a polícia espera que novas vítimas compareçam à delegacia.





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