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Polícia

Pais do jovem que incendiou a própria casa pedem ajuda após perderem tudo

O rapaz, segundo os pais, é usuário de drogas há 8 anos. Eles contaram que nesta quarta-feira, o filho chegou alterado e colocou fogo na residência

Redação Folha Vitória
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Foto: Reprodução TV Vitória
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Um dia após o incêndio que aconteceu no bairro Barramares, em Vila Velha, os pais do jovem, de 21 anos, que ateou fogo na própria casa, na tarde desta quarta-feira (22), pedem ajuda. As chamas destruíram tudo e as roupas que eles usaram nesta quinta-feira foram doadas.

A mãe do rapaz, Antônia Paula Afonso, disse que o filho é dependente químico há 8 anos. Ela conta que o jovem chegou em casa alterado por volta das 16h, pegou um pedaço de madeira utilizada pelo pai no fogão à lenha e ateou fogo na residência.

O pai do rapaz, Manuel Santos Afonso, disse à equipe da TV Vitória/RecordTV que o filho é usuário de drogas, desde os 13 anos. Segundo ele, o jovem tentou parar de usar drogas duas vezes, mas não conseguiu deixar o vício. 

"Quando ele começou, eu tirei ele de uma boca de fumo. Fui lá dentro e tirei ele, mas não teve jeito. Começou a juntar com colegas e sabe como colega é, né? Aí, foi se envolvendo", disse a mãe.

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"Ele ficava alucinando, mandando eu levantar e ver o que tinha, se tinha alguém. Com medo, não dormia, não deixava ninguém dormir de noite", acrescentou. 

Apesar dos conselhos dos pais, o jovem continuou usando drogas. Nesta quarta-feira (22), saiu algumas vezes de casa e, na última vez em que retornou, provocou o incêndio. 

Agora, o imóvel, que foi construído há 20 anos por Manuel, está completamente destruído. O casal busca ajuda da população para que possa se reestruturar. 

"Tudo. Tijolo, lajota, cimento, areia, brita, ferro, para poder reestruturar (a casa). Aqueles que sentirem, não são obrigados, vontade de dar uma ajuda, estamos dispostos a receber", pediu, emocionado, seu Manuel. 

O filho ainda não foi localizado. Após o incêndio, o jovem, que foi perseguido e agredido pelos vizinhos, precisou ser levado ao hospital para receber cuidados médicos. Ele foi liberado e desde então, os pais não sabem onde encontrá-lo. 

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A Polícia Militar informou que o jovem sofreu escoriações e foi socorrido pela guarnição. No local, como ninguém representou contra ele, o jovem foi encaminhado apenas para atendimento médico.

A Polícia Civil foi procurada e informou que não há ocorrências com essas características na Delegacia Regional de Vila Velha. A PC orienta que as vítimas de casos como este registrem a ocorrência podendo comparecer pessoalmente a uma delegacia ou realizar o registro por meio da Delegacia Online para que a Polícia Civil tome ciência do caso e inicie as investigações.


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