Granada tinha alto poder de destruição e poderia ferir muitas pessoas, diz Esquadrão da PM
Segundo o agente que recolheu e explodiu a granada de fabricação caseira, o artefato tinha um alcance de destruição num raio de 10 metros
A bomba detonada no bairro Andorinhas, em Vitória, pelo Esquadrão Antibombas da Polícia Militar, na tarde desta quarta-feira (15), era uma granada de fabricação caseira com alto poder de destruição.
"Poderia machucar muitas pessoas pois era um artefato que continha, em seu interior, vários objetos cortantes como pregos e pedaços de metal", informou o soldado Frason que recolheu e detonou o artefato. Ele usou um uniforme específico de proteção e um garra robótica.
"Quem estivesse próximo, num raio de 8 a 10 metros teria ferimentos graves", mensurou o PM.
O que sobrou da granada, após ser explodida, será periciado. Após isso, será aberta uma investigação pela Polícia Civil, por meio da Delegacia Regional de Vitória. Em uma primeira análise, o agente disse que o artefato é comumente utilizado por traficantes.
Esquadrão registra aumento de granadas de fabricação no ES
"Geralmente, eles usam para atacar gangues rivais. Ano passado, notamos que tivemos um aumento substancial desse tipo de armamento devido a essas guerras por controle de tráfico nos bairros", detalhou.
De acordo com o agente em todo ano passado, a polícia recolheu 52 artefatos parecidos com o que foi detonado em Andorinhas. "Este ano, já estamos na 20ª ocorrência com esse tipo de armamento", contabilizou.
As ocorrências envolvendo bombas caseiras acontecem em diversos bairros na Grande Vitória como em Primeiro de Maio e Santa Rita, em Vila Velha, e também Andorinhas, na capital. "Só este ano, é a segunda bomba que recolhemos aqui em Andorinhas", relembrou o soldado Frason.
Desconhecido tentou acionar a bomba, mas não conseguiu
Segundo informações da Polícia Militar, na manhã desta quarta-feira (15) um homem desconhecido deixou a granada no local.
Ele tentou acionar o explosivo não conseguiu e fugiu. "O risco era ainda maior por causa disso. Nós estávamos lidando com um objeto falhado, ou seja, poderia explodir a qualquer momento", explicou o soldado.
* Com informações da repórter Milena Martins (TV Vitória/Record TV)