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Polícia

Caso Gabriela Chermont: depois de 23 anos, júri popular por morte de jovem é adiado pela 6ª vez

O acusado, Luiz Cláudio Ferreira Sardenberg, já teve prisão decretada e ficou nove meses foragido, em 1997, mas nunca ficou detido pelo suposto crime

Acácio Rodrigues

Redação Folha Vitória
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Foto: Reprodução / Facebook
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No dia 21 de setembro, a morte da estudante Gabriela Regattieri Chermont completou 23 anos. A moça tinha 19 anos quando caiu de um prédio na orla de Camburi, em Vitória

A hipótese de suicídio foi descartada logo no início das investigações e o principal suspeito do crime é o empresário Luiz Cláudio Ferreira Sardenberg, que era namorado da vítima na época. 

Nesta terça-feira (01), o acusado iria a júri popular. Mas, pela sexta vez, foi adiado. "Dessa vez apareceram com atestado médico de uma testemunha. Um médico, que tem problema de catarata, que é uma cirurgia eletiva, aquela que você escolhe a data e ele escolheu a data do dia 24 (deste mês), às vésperas do julgamento. Conseguiu o atestado de 15 dias e apresentou o atestado hoje (30) à tarde. O julgamento seria amanhã (01), às 9 horas, no Fórum Criminal de Vitória”, contou o primo da vítima e cirurgião dentista, Leonardo Regattieri.

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O caso aconteceu em um flat da família de Luiz Cláudio. Segundo o primo de Gabriela, eles haviam rompido o namoro. "Tem mais tempo de julgamento do que ela teve de vida”, desabafou.

O acusado está solto. Segundo Regattieri, Luiz Cláudio já teve prisão decretada e ficou nove meses foragido, em 1997. "Nada foi alegado na época. Simplesmente deram o habeas corpus. Foram entrando com recurso, que era negado, sempre por unanimidade. Chegou até à instância superior”, contou.

A primeira tentativa de júri popular foi no dia 24 de novembro de 2016. Até essa data, a defesa do réu entrava com recurso para não haver julgamento. Em última instância, em Brasília (DF), a tendência de pronúncia foi "crime hediondo triplamente qualificado", conforme informou o primo de Gabriela.

Antes do adiamento do júri popular, que seria nesta terça, Leonardo contou que a defesa do réu utilizou um laudo psiquiátrico do acusado. "Era um laudo psiquiátrico de alguém que nunca conheceu a história e resolveu aparecer. Os advogados do réu procuraram alguém para dar o laudo e o juiz aceitou. Por mais que esteja datado um ano e meio antes desse dia em que foi entregue, foi adiado da mesma forma”.


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