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Polícia

Operação das Polícias Civil e Militar prende 1,6 mil pessoas em SP

A ação segue ocorrendo, e o número total pode aumentar

Estadão Conteudo

Redação Folha Vitória
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Uma operação das Polícias Civil e Militar prendeu, até o fim da tarde desta quinta-feira, 13, 1.653 pessoas e apreendeu 68 adolescentes em diversas cidades do Estado de São Paulo. A maioria (1.113) foi presa por ter cometido crimes, enquanto cerca de 600 foram detidas por mandados cíveis decorrentes de não pagamento de pensão alimentícia. A ação segue ocorrendo, e o número total pode aumentar.

De acordo com a Secretaria da Segurança Pública (SSP), o objetivo da operação era executar mandados expedidos desde 2015 cujo cumprimento não tenha sido efetuado com sucesso anteriormente, em razão de não localização do acusado, por exemplo.

No total, as polícias tentaram dar cumprimento a 6,5 mil mandados. A polícia também prendeu 51 pessoas que foram flagradas cometendo crimes, como tráfico de drogas ou porte de arma de fogo.

Onze armas e 940 quilos de drogas (930 kg de maconha) foram apreendidos durante a operação. As polícias disseram ter notificado com antecedência a Secretaria da Administração Prisional (SAP), a quem caberá custodiar os presos, e o Judiciário, que deve em até 24 horas realizar audiências de custódia com todos os detidos nas diferentes cidades.

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O jornal O Estado de S. Paulo revelou em 2017 que São Paulo é o Estado com maior número de mandados de prisão não cumpridos: naquele ano, o número chegava a 175.219, de acordo com o Conselho Nacional de Justiça (CNJ).

Para o secretário-adjunto de Segurança, Sérgio Turra Sobrane, o número reflete a "efetividade das polícias e do Judiciário", assim como o "grande volume de crimes praticado no Estado". Ele diz, no entanto, que essa quantidade não reflete a quantidade exata, pois pode haver mais de um mandado para a mesma pessoa. Nesta quinta, disse, contra uma das pessoas presas constavam 14 mandados.

Sem apresentar detalhes, a pasta disse que a maioria dos mandados focava em pessoas procuradas pelos crimes de roubo, furto e tráfico de drogas. O comandante-geral da Polícia Militar, o coronel Marcelo Vieira Salles, acredita que a operação mande uma mensagem contra a sensação de impunidade.

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"É preciso que haja a noção de que há punição para quem comete crimes. Além disso, a ação tirou de circulação pessoas que mesmo com mandados continuavam praticando crimes. Ela continuava na prática criminosa", disse o oficial.

O delegado-geral da Polícia Civil, Paulo Bicudo, destacou a integração entre as polícias que permitiu a execução da operação. "É uma demonstração inequívoca de que estamos atuando de forma conjunta. Quem ganha é a sociedade. Quem perde é o marginal", disse.

O secretário-adjunto foi questionado se a operação teria relação com o pleito eleitoral que se aproxima, já que o atual governador, Márcio França (PSB), é candidato à reeleição e o ex-governador Geraldo Alckmin (PSDB) está concorrendo à Presidência da República. Ele negou.

"A polícia tem que fazer o trabalho dela. Não há atrelamento com o processo eleitoral. Não há conotação política", disse.

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