Diarista queimada pelo ex-companheiro pode ter mão amputada, diz família
Marciane Pereira dos Santos está internada no Hospital Jayme dos Santos Neves, onde segue em coma induzido e respira com a ajuda de aparelhos
A diarista que teve o corpo queimado pelo ex-companheiro, no último sábado (8), segue internada em estado grave no centro de tratamento de queimados do Hospital Jayme dos Santos Neves, na Serra. Marciane Pereira dos Santos, de 36 anos, está em coma induzido e respira com a ajuda de aparelhos. Ela foi atingida por queimaduras de terceiro grau em praticamente metade do corpo.
De acordo com a irmã de Marciane, Roseana Nunes dos Santos, os médicos que estão cuidando dela acreditam que uma das mãos da vítima precisará ser amputada, devido à gravidade dos ferimentos. A diarista deverá ser submetida a uma cirurgia nesta terça-feira (11).
"Está toda sedada. Não ouve, não fala. Não tem nem como dizer que é uma pessoa que está ali. Parece que ela está morta. O sangue não está circulando, ela pode perder a mão, o médico falou pra mim ali. E isso tá me deixando mais apavorada", disse a irmã.
Uma das principais preocupações da família é com o casal de filhos da diarista. A menina, de 5 anos, chegou a ver a mãe ferida. "A menina viu ela toda queimada e me falou: 'minha mãe está toda queimada, tia'. Eu falo: 'não está não, filha. Não fica assim'", relatou Roseana.
Suspeito
O suspeito de cometer o crime, André Luiz dos Santos, está desaparecido desde então. Segundo a polícia, o cadeirante teria jogado álcool e ateado fogo no corpo da diarista. O crime ocorreu em um dos apartamentos de um prédio em Jardim Tropical, na Serra.
Familiares de Marciane estiveram nesta segunda-feira no Departamento Especializado de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) e, segundo a irmã da vítima, os policiais disseram que, além de álcool, o suspeito teria jogado gasolina na mulher.
Por meio de nota, a Polícia Civil informou que o caso segue sob investigação da Delegacia Especializada de Homicídio e Proteção à Mulher (DHPM) e que, até o momento, não há detido. Ainda segundo a PCES, outras informações não serão repassadas, no momento, para não atrapalhar o trapalho da polícia.
A Polícia Civil reforça também que denúncias podem ser feitas por meio do Disque-Denúncia 181 ou pelo disquedenuncia181.es.gov.br. O sigilo e anonimato são garantidos.