Acusado de matar a própria sobrinha participa da primeira audiência em Cariacica

Após um ano e três meses da morte da adolescente Jéssika Nielsen de 15 anos, o suposto acusado vai participar da primeira audiência de instrução. O suspeito é o próprio tio da adolescente. Familiares da vítima esperam que o acusado seja julgado em juri popular.

A vítima Jéssika Nielsen tinha apenas quinze anos quando foi agredida e morta, no bairro Maracanã, em Cariacica. Segundo informações, a vítima teria sofrido as primeiras agressões ainda dentro da residência, local onde morava com os avós e o acusado. 

Jean Carlos Nielsen, tio da vítima, é apontado como o principal suspeito da morte da sobrinha. Segundo informações, no dia do assassinato, a adolescente dormia no quarto quando embriagado o tio teria entrado no local e agredido fisicamente a adolescente. De acordo com familiares, Jéssika correu para à rua e pediu ajuda aos vizinhos. Na época o tio foi preso logo após o crime e foi levado para o plantão da Delegacia da Mulher em Vitória, onde foi autuado por feminicídio. 

O advogado do suspeito afirma que a defesa alegará que a adolescente morreu por causa pré-existente. " A defesa irá apresentar nesta audiência que Jean Carlos não colaborou para a morte da sobrinha. Por uma serie de fatores que infelizmente por estar sob os cuidados da justiça, eu não posso informar com mais detalhes", disse

Depois de um ano e três meses, ele vai se sentar no banco dos réus e irá participar da primeira audiência de instrução, que acontece no Fórum de Cariacica, na tarde desta sexta-feira (21).

* Com informações da repórter Vanuza Santana, da TV Vitória / Record TV

Relembre o caso: ( Conclusão do inquérito)

A Polícia Civil concluiu o inquérito e constatou que o próprio tio da adolescente Jéssika Nielsen, de 15 anos, foi quem a matou. O crime aconteceu em junho deste ano, em Cariacica. A jovem morava junto com os avós no bairro Maracanã e morreu após sofrer agressões. O suspeito, identificado como Jean Carlos Nielsen dos Santos, foi preso.

Jean foi levado para o plantão especializado da mulher ainda durante a noite do crime e encaminhado ao Presídio de Viana, na manhã seguinte. O laudo médico, de acordo com a polícia, apontou como causas da morte parada cardíaca e traumatismo craniano. O suspeito permanece no Presídio de Viana, onde aguarda julgamento.

Segundo familiares maternos, a adolescente tinha uma grave doença, o que poderia ter causado a morte. Já para a família paterna da jovem, o tio sempre foi o culpado. "A Jéssika não tinha doença nenhuma. Que doença, gente? Arritmia cardíaca não é doença. Eu tenho e estou viva, estou com 55 anos. Eles tiraram ela do meu irmão, a coisa pior que eles fizeram foi tirar ela do meu irmão quando era nova e agora devolveram pra eles em uma pedra. Isso não é justo", desabafou uma tia da menina na época do crime.

De acordo com a apuração da polícia, o acusado chegou em casa bêbado, xingou e bateu em Jessika. Ela foi socorrida por vizinhos, mas teve uma parada cardíaca e traumatismo craniano e não resistiu. Jean Carlos foi autuado em flagrante por injúria e ameaça, na Lei Maria da Penha.