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Polícia

Executor do assassinato de médica está disposto a contar tudo à polícia, diz advogado

Segundo Leonardo de Souza, Dionathas Alves Vieira pretende revelar quem são os demais autores e o mandante do crime, mas delegado responsável pela investigação ainda não teria marcado um novo depoimento

Redação Folha Vitória
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O suspeito de ser o executor do assassinato da médica Milena Gotardi Tonini Frasson, de 38 anos, Dionathas Alves Vieira, teria informações fundamentais para a elucidação do crime, mas ainda não foi ouvido pela Polícia Civil. A informação é do advogado de Dionathas, Leonardo da Rocha de Souza.

Em entrevista exclusiva à equipe da TV Vitória/Record TV, o advogado disse que conversou com o titular da 

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Delegacia Especializada em Homicídios Contra a Mulher (DHPM), delegado Janderson Lube, que teria dito que marcaria um horário para que 
Dionathas prestasse um novo depoimento - ele já havia sido ouvido pelo delegado em outra oportunidade. No entanto, Souza ainda não sabe quando será prestado esse novo depoimento.

"Como eu tomei conhecimento disso ontem [terça-feira], disse para ele [Dionathas] que seria importante ele ajudar no esclarecimento dos fatos e informei isso à autoridade policial hoje de manhã, às 8h30. Disse ao delegado que meu cliente confessa sua participação, já formalizou isso, e está querendo complementar suas informações. Ele [o delegado] me disse que iria marcar dia e hora para voltar aqui, mas ainda estou aguardando. Na minha visão, isso já poderia ter sido resolvido hoje", afirmou o advogado.

Segundo Leonardo de Souza, seu cliente possui informações preciosas para que a polícia chegue ao mandante do assassinato.

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"Ele, como coautor na execução desse crime, pode esclarecer, não só quem são os demais participantes, mas principalmente a pergunta que não quer calar, ou seja, quem seria o mandante desse crime. Então se ele está disposto a esclarecer esses fatos, essa informação é de extrema relevância. Mas eu imagino que o delegado de polícia deve estar com todas as informações completas e eventualmente não esteja nem precisando do depoimento do meu cliente", alfinetou.

O advogado ressaltou ainda que Dionathas teme sofrer possíveis represálias por parte dos demais envolvidos na morte de Milena. 

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"O filho dele já foi tirado da escola, os irmãos dele já estão todos recolhidos, a família está apavorada. Ele está com medo dos demais participantes desse crime bárbaro, que aconteceu quinta-feira passada, e do que eles podem fazer contra a vida dele ou de seus familiares, em função da colaboração que esse rapaz está prestando à delegacia", frisou.


Acesso ao inquérito

A defesa do suspeito de ser o executor do assassinato da médica afirmou ainda que, até o momento, não teve acesso ao inquérito que investiga o caso. "Não consegui sequer ter acesso ao depoimento do meu cliente", afirmou Souza.

De acordo com o

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 presidente da Ordem dos Advogados do Brasil no Espírito Santo (OAB-ES), Homero Mafra, que também é o responsável pela defesa do ex-marido de Milena, Hilário Antônio Frasson, todos os advogados envolvidos no caso estão tendo acesso ao inquérito da mesma forma. Mafra ressaltou ainda que, caso a polícia negue acesso ao documento a algum desses advogados, estaria cometendo um crime.

"Leonardo está tendo acesso a tudo que estamos tendo acesso. Negar acesso à defesa àquilo que já está documentado nos autos é cometer ilegalidade e espero que não se faça. Mas todos nós estamos tendo acesso a tudo", afirmou o presidente da OAB-ES.

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Por meio de nota, a Polícia Civil informou que, durante a manhã, o advogado de Dionathas esteve na DHPM e não solicitou a parte do Inquérito a qual gostaria de ter acesso. Ainda segundo a PC, durante a tarde, o advogado voltou à unidade, mas o material já havia sido encaminhado ao Fórum de Vitória, ou seja, a parte solicitada já não se encontrava mais na DHPM, o que foi informado a ele na delegacia.

A Polícia Civil informou ainda que o inquérito segue sob investigação e sigilo e que cabe à autoridade policial decidir questões relacionadas a depoimentos durante o andamento das investigações.

A reportagem do Folha Vitória também tentou com o delegado Janderson Lube, mas as ligações não foram atendidas.

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