Caso Milena: advogados da família apresentam novos elementos ao processo
A médica foi assassinada ao sair de um plantão e o ex-marido é apontado como um dos mandantes do crime
O inquérito policial que investiga a morte da médica Milena Gottardi Tonini Frasson, de 38 anos, ainda não foi fechado. O advogado da família, Renan Sales, falou sobre o caso na manhã desta quarta-feira (27), em entrevista ao programa ES no Ar, da TV Vitória/Record TV, e informou que novos elementos foram apresentados.
"O conjunto probatório já existente no inquérito policial é muito robusto no sentido de quem são os autores e os intermediários. Nós ofertamos novos elementos que confirmam ainda mais a autoria", explicou.
Sales foi até a Divisão de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), na manhã da última desta terça-feira (26), e conversou com o titular da Delegacia Especializada de Homicídio Contra a Mulher (DHPM), o delegado Janderson Lube, responsável pela investigação do assassinato de Milena.
"Uma das finalidades do assistente de acusação, especialmente nessa fase investigativa, é minuciar as autoridades policiais e o Ministério Público de informações e eventuais pedidos de diligências, e foi isso que fizemos. Informamos ao delegado sobre o que entendemos pertinentes, e pedimos algumas diligências".
O advogado acredita que o inquérito não irá demorar para ser concluído. "A autoria está bem fixada. Os autores do crime, os intermediários e os mandantes, estão bem delineados quem são. É certo que o inquérito não vai demorar para ser concluído, mas algumas diligências ainda vão ser realizadas."
O crime
A pediatra oncologista Milena Gottardi Tonini Frasson, de 38 anos,
A médica estava acompanhada de uma amiga quando foi baleada. De acordo com a testemunha, a vítima teria sido atingida por três disparos. O criminoso fugiu sem levar nenhum dos pertences das médicas.
Milena foi socorrida e levada para um hospital particular da Capital, mas no dia seguinte ao crime não resistiu aos ferimentos e morreu.
Seis suspeitos
De acordo com a polícia, seis pessoas participaram do assassinato da médica. Segundo as investigações da Polícia Civil, o ex-marido da vítima, o policial civil Hilário Frasson, e o pai dele, Esperidião Carlos Frasson, foram os mandantes do crime. Pai e filho chamaram dois homens para serem os intermediadores do assassinato e ficarem responsáveis pela contratação do executor: o lavrador Valcir da Silva Dias e Hermenegildo Palauro Filho, o "Judinho".
Os dois intermediários, segundo as apurações da polícia, entraram em contato com Dionathas Alves Vieira, que, mesmo não conhecendo a vítima, aceitou o serviço. Em depoimento, Dionathas disse que recebeu R$ 2 mil para matar Milena. Para cometer o crime, Dionathas teria pedido para um cunhado dele, Bruno Rodrigues, roubar uma moto, o que foi feito.