Acusado de mandar matar jovem com mais de 100 facadas pode pegar mais de 30 anos de prisão
Antes de ser morta, a vítima ainda foi torturada e estuprada. O motivo do crime seria porque a jovem estaria passando informações para uma gangue rival
O homem suspeito de ser o mandante da morte de Gracy de Lima, de 18 anos, assassinada com mais de 100 facadas, foi preso na madrugada desta sexta-feira (2), no bairro Serra Dourada II, na Serra. De acordo com a polícia, a vítima estaria passando informações para uma gangue rival, e isso pode ter motivado o crime. O assassinato aconteceu em março deste ano.
Rafael Muniz Madeira, também conhecido como padaria ou padeiro, de 24 anos, foi detido durante uma operação montada pela Delegacia Especializada em Homicídio Contra a Mulher. Ele foi o último a ser preso. Outros cinco participantes do crime já foram presos.
Segundo a polícia, a vítima foi abordada no dia 28 de março por três dos envolvidos dentro de um ônibus do sistema Transcol que tinha saído do Terminal de Laranjeiras, na Serra. O trio obrigou a vítima a descer no bairro São Diogo, ainda na Serra, e ir até a residência de um deles. Lá Gracy foi torturada e estuprada. Ainda segundo a polícia, Rafael só apareceu na casa horas depois e continuou a torturar a vítima.
“Ela foi levada para a casa de um dos investigados e lá passou a ser torturada, estuprada. Quando o Rafael chegou, ele também passou a torturar a vítima”, informou o delegado Janderson Lube.
Da casa, a jovem foi levada até as proximidades da Lagoa JacunÉm, também no município, onde foi morta a facadas. O corpo foi encontrado na manhã do dia 29 de março. Rafael negou qualquer participação. “Eu não tenho nada com isso”, disse o suspeito.
Segundo o delegado, todas as evidências que apareceram durante as investigações apontam Rafael como mandante do crime. “As próprias confissões dos demais acusados, as investigações e as demais oitivas apontam ele”, afirmou o delegado.
Todos os envolvidos no crime são da gangue que comanda o tráfico de drogas no bairro Mestre Álvaro. Segundo a polícia, Gracy Lima foi morta porque estaria, segundo os suspeitos, passando informações para a gangue rival do bairro Barro Branco.
Rafael foi indiciado por cinco crimes, entre eles homicídio qualificado, cárcere privado e tortura, e ele pode ser condenado há mais de 30 anos de prisão.
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