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Polícia

Jovem que invadiu escola de Jardim da Penha é levado para hospital psiquiátrico

Henrique Lira Trad, de 18 anos, passou por audiência de custódia neste sábado (20)

Lais Magesky

Redação Folha Vitória
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Foto: Reprodução/Redes Sociais
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O jovem de 18 anos que invadiu a Escola Municipal de Ensino Fundamental Eber Louzada Zippinotti, em Jardim da Penha, em Vitória, na última sexta-feira (19), passou por audiência de custódia neste sábado (20) e foi levado para o Hospital Estadual de Atenção Clínica (HEAC), em Cariacica. A informação foi confirmada pela Secretaria de Estado da Justiça (Sejus).

Na manhã deste sábado (20) o invasor foi encaminhado para a audiência de custódia. O processo do jovem está sob segredo, de acordo com o Tribunal de Justiça do Espírito Santo (TJES). Henrique foi autuado em flagrante por tentativa de homicídio qualificado por motivo fútil, com impossibilidade de defesa da vítima e contra menor de 14 anos.

No momento da invasão, o rapaz estava portando uma mochila com arco e flechas, facas, três bestas, munições, bombas de fabricação caseira e coquetel molotov.

Foto: Divulgação / Polícia Civil
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Em vídeos recebidos pela reportagem da TV Vitória/Record TV é possível ver agentes da Polícia Militar contendo o rapaz, que estava vestido inteiramente de preto, deixando-o imóvel no chão.

"Vocês são uns nojentos", declarou o suspeito

Em um trecho do registro, o jovem conta ter sido ex-aluno da escola e a motivação da entrada no local de forma criminosa. Ele também alega que haveria mais um cúmplice com bombas, que estaria por perto. "Fiz isso porque não gosto de vocês, tá entendendo? Eu não gosto de escola, acho que é uma instituição que aliena as pessoas. Vocês são uns nojentos ... (palavrões) e eu odeio vocês", disse.

Major confirma que jovem é ex-aluno

Demandada, a Polícia Militar, por meio do Major Isaac Rubim, confirmou que o rapaz era de fato um ex-aluno. "O caso aconteceu por volta das 15h, horário em que a escola estava cheia, com várias crianças. Não achamos cúmplices a princípio e não sabemos exatamente a motivação do caso", disse.

O major frisou ainda a importância da chegada a tempo da Polícia Militar, que evitou uma tragédia.

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"O porteiro tentou pará-lo na entrada. Logo um morador percebeu uma confusão e ligou para um policial. Aqui a comunidade é muito próxima e conseguiu acionar rapidamente. Agora o suspeito está na 1ª Delegacia Regional de Vit´ória. É muito cedo para confirmar que ele faria parte de algum grupo da Deep Web, mas o estranho é que estava vestido todo a caráter, como em filmes americanos, todo de preto", acrescentou.

Funcionários se esconderam na sala dos professores

Diante da tentativa de ataque feita pelo jovem de 18 anos à Escola Eber Louzada Zippinotti, com medo e para se protegerem, profissionais da unidade correram para a sala dos professores e se fecharam lá, passando a avisar aos demais colegas para trancarem suas salas de aula. A informação foi confirmada pela Secretaria Municipal de Segurança Urbana (Semsu) da capital.

Ainda segundo a pasta, assim que foi acionada, a Guarda Civil Municipal de Vitória (GCMV) enviou equipes ao local para acompanhar a Polícia Militar, que deteve o aluno. O suspeito ainda não teve o nome divulgado.

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Segundo informações da prefeitura de Vitória, agentes da Guarda permanecem patrulhando o local e realizando ponto base para garantir a segurança de servidores e estudantes. Além disso, uma equipe técnica da Secretaria de Educação (Seme) está no local para apurar os fatos e dar todo suporte à comunidade escolar.

Os estudantes, profissionais e colaboradores estão sendo acolhidos e já na segunda-feira (22) será iniciado um trabalho de práticas restaurativas.

Um estudante chegou a ter o rosto arranhado e, após a detenção do suspeito, a família foi chamada à unidade de ensino. A mãe da criança foi orientada a registrar um boletim de ocorrência.

A invasão

Segundo informações da PMV, o suspeito tentou invadir a escola pelo portão e teve acesso negado pelo porteiro. O rapaz tentou forçar o portão a abrir, mas teve as tentativas frustradas pelo profissional na portaria.

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Depois disso, o mesmo escalou a grade externa da escola, que dá acesso a um corredor de serviços. Após esse corredor, ele conseguiu acessar as dependências da unidade de ensino.

Jovem disse que queria matar 7 pessoas e ser morto pela PM

Em depoimento à polícia nesta sexta-feira (19), o jovem de 18 anos que invadiu a escola, contou que tinha a intenção de matar 7 pessoas e, em seguida, provocar um confronto com policiais, que acabariam tirando a vida dele. A informação foi confirmada em coletiva de imprensa realizada na Delegacia Regional de Vitória.

Também em coletiva, foi dito que o rapaz teria completado o último ano letivo na instituição no ano de 2019. Durante abordagem na escola, ele afirmou que havia um cúmplice ao lado de fora, munido com bombas, circulando pela região. Já em depoimento, disse que esta afirmação era falsa.

Além disso, em coletiva, foi relembrado que a mesma escola já tinha recebido avisos com ameaças de ataques, que, até então, não tinham se concretizado.

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