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Polícia

Após ataque, botão do pânico será instalado em escola de Jardim da Penha nesta segunda

Comandante da Guarda informou que a tendência é implantar o botão, semelhante ao que atende a Lei Maria da Penha, em toda a rede municipal de ensino

Redação Folha Vitória
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Foto: Divulgação
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Diante do episódio de horror vivido por alunos e colaboradores da Escola Municipal de Ensino Fundamental Eber Louzada Zippinotti, em Jardim da Penha, Vitória, na última sexta-feira (19), quando houve uma tentativa de ataque, o Comandante da Guarda Civil Municipal, Thiago Reis, disse que será implantado um “botão do pânico”, ainda nesta segunda-feira (22), no local.

À reportagem da TV Vitória, Reis afirmou que o botão é um projeto que já vinha sendo estudado. “Já fazemos monitoramento aqui por meio de câmeras e agora vamos implantar um projeto que já vinha sendo estudado. É o botão de pânico nas escolas. Hoje (22) mesmo vamos deixá-lo aqui no Eber e a tendência é implantar em toda a rede municipal de ensino. Vamos continuar mantendo o efetivo, com reforço por conta dessa situação. A comunidade escolar pode contar com a guarda”, afirmou.

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De acordo com o comandante, o botão do pânico, que será implantado, por enquanto, em fase de teste, é o mesmo que já se presta a atender vítimas da Lei Maria da Penha, que trata da violência doméstica contra a mulher. “Então é algo já consolidado e vamos repassar para a rede escolar”, acrescentou o comandante.

Para ele, o caso ocorrido em Jardim da Penha foi bastante específico e trata-se de um crime que não ocorre dentro de um padrão previsível.

“Então temos que fazer um esforço maior das forças de segurança para acompanhar esse tipo de crime. Estamos com a guarda e inspetoria escolar aqui no Eber mantendo presença, reforçando o efetivo, para manter a sensação de segurança e manter a normalidade. Já identificamos as fragilidades desse local e vamos fazer isso em outras escolas também”, concluiu.

Secretária de Educação comenta próximas medidas

Também à reportagem da TV Vitória, a secretária de Educação de Vitória, Juliana Rohsner Vianna Toniati, comentou o caso inédito e tratou da importância da acolhida dos alunos, famílias e colaboradores. Segundo ela, a volta às aulas não acontecerá nesta segunda-feira (22), mas será realizada uma reunião com funcionários.

“Foi um ato inédito e temos que ter esse cuidado da acolhida, precisamos entender o que essas pessoas passaram e cuidar delas. A secretaria se fez presente no Eber Louzada na sexta, imediatamente, fazendo um primeiro atendimento. Voltamos à noite para ver o ponto em que o ex-aluno entrou. A escola tem mais de 30 anos e nunca tinha passado por uma situação assim, então isso expôs para nós qual era a vulnerabilidade”, esclareceu.
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Segundo a secretária, já foi identificado por onde o ex-aluno, identificado como Henrique Lira Trad, entrou. “Ele entrou exatamente porque já tinha sido aluno e conhecia o espaço. Fechamos ainda na sexta a escola, trazendo medidas de segurança e também psicológicas, com apoio da pasta da saúde, para formar uma rede para cuidar desses profissionais, que vão cuidar desses estudantes”, acrescentou.

“Estamos trabalhando junto à rede de saúde, que está preparada. Foi um evento coletivo e os psicólogos vão ver qual é a melhor estratégia. Se isso aconteceu no coletivo, é preciso superar de forma coletiva. É preciso que todos, ou seja, a comunidade escolar ampliada, composta por vizinhos, famílias, estudantes e profissionais, participem, para que a gente consiga retomar. Atendimentos individuais, caso seja necessário, também serão realizados”, frisou.

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Questionada sobre o perfil do ex-aluno e suspeito do crime, todas as informações correm em segredo de justiça. “É muito delicado falar sobre isso. Mas nos solidarizamos com a família dele e com ele também, bem como com todos que estavam aqui. A polícia está investigando toda a questão”, disse Juliana.

Sobre a data de retorno às aulas, Juliana esclareceu que isso ainda será decidido, a partir, principalmente, da observação de como estão as pessoas. Ela disse ainda que há psicólogos no local, atendendo e tomando decisões.

“É importante que voltem as aulas, não posso garantir que será amanhã (23). Mas a gente sabe que não volta igual. Então o planejamento pedagógico da retomada é delicado, mas é importante. As pessoas precisam se sentir de novo seguras aqui.

Alerta geral

Para a secretária, o caso, que parece isolado, traz um alerta geral. “Enquanto estamos com uma equipe aqui cuidando dessas pessoas, estamos com outra equipe também trabalhando junto à secretaria de segurança para entender como as escolas podem ser melhor blindadas, inclusive com intervenções físicas. Um mês atrás enviamos R$ 1,5 milhão para as escolas para instalarem câmeras de segurança, inclusive o Eber já tinha. Elas são conectadas à polícia e também por isso a ação foi muito rápida, evitando danos maiores”, ressaltou.

Situação atualizada do suspeito

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De acordo com a polícia, Henrique Lira, que já passou por audiência de custódia, foi levado a uma consulta psiquiátrica e depois encaminhado de volta para o Centro de Triagem de Viana. Ele foi autuado em flagrante por tentativa de homicídio. 

Foto: Reprodução/Redes Sociais

A invasão

Segundo informações da PMV, o suspeito, identificado como Henrique Lira Trad, de 18 anos, tentou invadir a escola pelo portão e teve acesso negado pelo porteiro. O rapaz tentou forçar o portão a abrir, mas teve as tentativas frustradas pelo profissional na portaria.

Depois disso, o mesmo escalou a grade externa da escola, que dá acesso a um corredor de serviços. Após esse corredor, ele conseguiu acessar as dependências da unidade de ensino.

Desse portão, que dá acesso ao pátio, ele foi visto por servidores, que então foram se esconder. A Secretaria de Educação já fez uma vistoria técnica na unidade de ensino e, neste fim de semana, fará a instalação de uma concertina no portão do corredor de serviços.

Jovem disse que mataria 7 pessoas e seria morto pela PM

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Ainda na sexta-feira, após ser capturado pela polícia, o jovem contou que tinha a intenção de matar 7 pessoas e, em seguida, provocar um confronto com policiais, que acabariam tirando a vida dele.

Segundo a polícia, Henrique teria completado o último ano letivo na instituição no ano de 2019. Durante abordagem na escola, ele afirmou que havia um cúmplice ao lado de fora, munido com bombas, circulando pela região. Já em depoimento, disse que esta afirmação era falsa.

A polícia também informou que essa mesma escola já tinha recebido avisos com ameaças de ataques, que, até então, não tinham se concretizado.


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