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Polícia

Esposa de policial assassinado em Cachoeiro e amante são presos suspeitos de encomendar o crime

Também foi detido um rapaz, que confessou ter recebido R$ 1 mil para matar Elias Borrette Mariano. Armas e viatura do policial também foram recuperados

Rodrigo Araújo

Redação Folha Vitória
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Elias foi assassinado a tiros dentro de casa, em Cachoeiro de Itapemirim, durante a madrugada desta sexta | Foto: Reprodução

A esposa do investigador da Polícia Civil, Elias Borrette Mariano, e um homem que seria o amante dela foram presos nesta sexta-feira (31), suspeitos de encomendar o assassinato do policial. Elias foi morto a tiros na madrugada desta sexta, na casa onde ele morava com a esposa e uma filha de 5 anos, em Cachoeiro de Itapemirim, no sul do Estado.

O homem que teria ajudado a arquitetar o crime, Giovani Gama de Oliveira, e o suspeito de ser o executor do homicídio, Felipe Barbosa da Silva, foram presos no município de Muqui, também no sul do Estado, após serem abordados pela polícia. Eles foram levados para a Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) de Cachoeiro, onde confessaram o crime.

A esposa de Elias, Cristiane Caldeira Burock, foi levada para um hospital logo após o crime, alegando que estava se sentindo mal. No entanto, após a polícia descobrir o envolvimento dela do assassinato do marido, ela também foi encaminhada para a delegacia, onde também confessou sua participação.

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De acordo com as investigações da DHPP de Cachoeiro, Felipe foi contratado por Cristiane para assassinar Elias, por intermédio de Giovani. O suspeito de executar o crime afirmou ter recebido um adiantamento de R$ 1 mil para realizar o serviço.

Felipe disse ainda para a polícia que o crime foi planejado na tarde de quinta-feira (30), logo após Cristiane e Giovani deixarem um motel em Cachoeiro. Segundo ele, Cristiane e Giovani mostraram todas as características do imóvel, dizendo que Felipe deveria acessá-lo pelos fundos, após pular um muro e entrar pelas portas que seriam deixadas abertas pela esposa da vítima, o que de fato ocorreu.

Ainda segundo as investigações, durante a madrugada Cristiane avisou a Felipe, por meio de mensagem de texto, que o marido havia chegado em casa e adormecido e que a arma de fogo dele estava por cima da mesa. O suspeito então acessou o imóvel, conforme combinado, e assassinou Elias a tiros, usando a própria arma do policial.

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Para evitar que a filha do casal presenciasse a morte do pai, Cristiane teria levado a menina para o banheiro da suíte. Após o crime, Felipe recolheu alguns objetos do local, entre eles duas pistolas, carregadores e munições. Segundo a polícia, para fugir ele contou com o auxílio de Cristiane, que inclusive carregava a filha no colo.

Felipe fugiu do local a bordo de uma viatura descaracterizada e seguiu em direção ao município de Atílio Vivácqua, próximo a Cachoeiro. Pouco depois a polícia recebeu a informação de que o veículo havia sido abandonado no bairro Alto Niterói, em Atílio Vivácqua.

Prisões

A polícia chegou até Giovani e Felipe após descobrir que a chamada feita ao Ciodes para informar sobre o abandono do veículo foi feita de um celular que seria o de Felipe. Os policiais, ao verem a foto dele em seu perfil no WhatsApp, o reconheceram como sendo o autor de um homicídio ocorrido no dia 28 de junho deste ano, no bairro Marbrasa, em Cachoeiro.

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Por causa disso, eles foram até a casa de Felipe, mas não o localizaram. Logo depois, a polícia recebeu a informação de que o suspeito estaria em um veículo modelo GM Prisma, de cor preta, que estava se dirigindo para Muqui. Os policiais então montaram um cerco, no intuito de interceptar o veículo, o que foi feito.

Dentro do carro, estavam Felipe e Giovani, que foram conduzidos para a DHPP de Cachoeiro para prestar depoimento. Segundo a polícia, os dois, a princípio, negaram o crime, mas, diante de contradições nos dois depoimentos, acabaram confessando.

Felipe indicou aos policiais civis o local em que havia enterrado os objetos levados da casa de Elias, dentre eles duas armas de fogo, calibres 380 e 40, algema, munições, carregadores, relógio e outros objetos.

Em seguida, ele indicou o local em que havia dispensado seu aparelho de celular, bem como as roupas que vestia no momento do crime.

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Após também ser levada para a DHPP, Cristiane recebeu voz de prisão e confessou seu envolvimento no assassinato do marido. Ela alegou que estaria sendo agredida pelo policial.

Os três detidos foram autuados em flagrante por homicídio e serão levados para o presídio. A Polícia Civil também representou, junto à 1ª Vara Criminal de Cachoeiro de Itapemirim, pelo acesso aos históricos de chamadas dos telefones utilizados pelos investigados, bem como o acesso irrestrito ao seu conteúdo.

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