PF faz operação para tentar prender acusada de comandar assaltos às agências dos Correios no ES

Uma mulher está sendo investigada pela Polícia Federal suspeita de comandar uma quadrilha responsável por roubos às agências dos Correios no Espírito Santo, A Operação Godmother, que visa combater roubos às agências, foi deflagrada na manhã desta quarta-feira (23) pela Delegacia de Combate a Crimes Contra o Patrimônio e Tráfico de Armas da Polícia Federal.

Durante as investigações, Jaqueline da Luz, de 33 anos, que está foragida, foi identificada pela polícia por ter ligações com a maioria dos criminosos. Segundo a PF, após as diligências nos locais de crime, tomada de depoimento de testemunhas e interrogatórios de presos, foi comprovado que ela tinha posição de comando na quadrilha, sendo respeitada pelos assaltantes, oferecendo hospedagem, veículos e facilitando a obtenção de armas, além de apresentar criminosos que não se conheciam anteriormente.

Segundo a PF, ela participou diretamente dos roubos às agências de Viana e Venda Nova do Imigrante em fevereiro e março de 2017, tendo providenciado veículos para os crimes e permanecido do lado de fora das agências, vigiando o local e dando cobertura aos criminosos. 

Durante a operação nesta manhã, foi cumprido um mandado de busca e apreensão na casa de Jaqueline, em Vila Velha e ainda o cumprimento de dois mandados de prisão contra dois assaltantes.

Crimes

O grupo criminoso atua rendendo funcionários e clientes da empresa pública, aguardando o mecanismo de retardo do cofre para abri-lo e supostamente tranquilizar as vítimas dizendo que só queriam o dinheiro do governo.

Nestes dois crimes nos quais a criminosa participou ativamente, estima-se que foram
subtraídos 230 mil, além do prejuízo causado pelo abalo psicológico aos funcionários e clientes vítimas do crime, bem como os dias em que as agências permanecem sem atendimento ao público até recuperar a condição de funcionar adequadamente.

Até o momento, foram identificados 17 indivíduos envolvidos com os crimes aos Correios em 2017, sendo que 10 estão presos, e cinco permanecem foragidos: Jaqueline da Luz, Wagner Xavier Fernandes (Manguinha), Rodolfo dos Santos Penna, Rodrigo Denardi Vincentini e Marisnaldo Medina.

Os investigados responderão pelos crimes de roubo qualificado e associação criminosa
armada, previstos respectivamente nos Artigos 157, §2º, incisos I, II e V do Código
Penal, cujas penas somadas poderão chegar a 13 (treze) anos de reclusão por cada
roubo.