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Polícia

Oito arrombamentos em escolas são registrados em cerca de 40 dias no ES

O último deles aconteceu na Escola de Ensino Fundamental Julite Miranda Freitas, em Nova Almeida, na Serra, no final de semana. As aulas foram suspensas

Redação Folha Vitória
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Somente nos últimos 40 dias foram registrados cerca de oito arrombamentos em escolas e creches do Espírito Santo. Os crimes foram divulgados em reportagens feitas pela TV Vitória/Rede Record. O último deles aconteceu na Escola de Ensino Fundamental Julite Miranda Freitas, em Nova Almeida, na Serra, no final de semana. 

O refeitório da instituição de Nova Almeida ficou coberto de pó de extintor de incêndio Foto: TV Vitória

De acordo com testemunhas, os bandidos furtaram cabos de cobre e até abriram as caixas d’água. Por conta disso, as aulas na instituição de ensino foram suspensas. A parte de dentro da escola ficou bastante danificada. O refeitório da instituição ficou coberto de pó de extintor de incêndio. Na cozinha, as frutas ficaram espalhadas pelas bancadas. A geladeira foi deixada aberta e vários alimentos da merenda acabaram estragando.

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Já em Colina de Laranjeiras, também na Serra, o Centro Municipal de Educação Infantil Jarbas Silva Filho foi invadido por criminosos no último dia 26. O local funcionava há apenas três meses. Testemunhas contaram que dois homens, que aparentavam ser adolescentes, entraram no local, destruíram material escolar, sujaram salas e ainda levaram brinquedos das crianças.

“A gente luta muito. A escola inaugurou e iniciamos os trabalhos no dia 13 de abril. Apesar de todo o apoio do poder público, a gente precisa de conselho de escola, que não está formado por causa de trâmite no cartório, para gerenciar recurso financeiro para material. Então, o que nós temos hoje, esse material destruído, foi doação das famílias. Num momento de crise, uma destruição dessas é revoltante”, destacou a diretora Márcia Saraiva.

O dinheiro da festa julina de uma das escolas foi levado Foto: TV Vitória

Já no início do mês de julho, a  Escola Municipal de Ensino Fundamental Valeriana Rosa César, também de Nova Almeida, foi arrombada. Os armários foram abertos, e os bandidos levaram brinquedos e R$ 400 que foram arrecadados pelos alunos para a festa julina da escola. De acordo com Adelina Seibel, que é integrante do Conselho Escolar, os funcionários levaram um susto quando encontraram a sala da Pedagogia revirada. “Foi um baque porque estamos passando por muitas consequências de roubos, assaltos e vandalismo quem vem acontecendo de uns tempos para cá”, afirmou.

Sindicato 

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Vários casos foram mostrados recentemente na TV Vitória. Em pouco mais de 40 dias foram exibidas oito matérias de arrombamentos em escolas e creches. Uma média de um arrombamento a cada cinco dias. De acordo com Sindicato dos Trabalhadores em Educação Pública do Espírito Santo (Sindiupes), os crimes nas instituições de ensino tem aumentado.

O presidente do Sindiupes disse que tem cobrado segurança das autoridades Foto: TV Vitória

Segundo o presidente do Sindiupes, Paulo Loureiro, as unidades do município da Serra não possuem mais vigilantes desde o ano passado. A alegação foi corte de custos, mas desde então as escolas ficaram mais vulneráveis. Os casos se tornaram mais frequentes e os prejuízos para a população só aumentaram.

“Lamentavelmente os casos de arrombamento, vandalismo, principalmente no município da Serra, tem crescido e nós temos denunciado essa situação. Já enviamos um ofício para o 6º Batalhão do município solicitando que seja feito o aumento do policiamento do entorno das escolas na área externa. Já denunciamos ao Ministério Público e já exigimos por meio de manifestações, ofícios, uma negociação com o município da Serra, pois é obrigação dele garantir a segurança interna na escola”, disse.

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De acordo com ele, o sindicato tem cobrado providência das autoridades. Vigilantes e câmeras de monitoramento estão entre as reivindicações. “Além de ter essa insegurança toda criada dentro das escolas, as instituições são arrombadas e o poder público não repõe os equipamentos que são do uso diário para o ensino. Isso tem dificultado mais a atuação dos professores”.

A assessoria da Prefeitura da Serra informou que foi solicitado à Polícia Militar reforço na segurança e que, com o início das atividades da Guarda Civil Municipal, será criada ainda a patrulha escolar para reforçar a segurança nos horários de aula. Quanto a volta da segurança na porta das escolas, a prefeitura ressaltou que existe um processo licitatório em andamento para ampliação da vigilância patrimonial. 

Já a Polícia Militar assegurou que a segurança das escolas municipais é de responsabilidade das prefeituras, por meio de segurança patrimonial, e que a PM realiza patrulhamento preventivo em todos os bairros.

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