Mãe de mulher retalhada em boate denuncia PM à Corregedoria e pede justiça
Além da mãe da vítima, o policial também prestou depoimento. Segundo ele, a confusão teria começado no salão da boate,e que o envolvimento dele foi apenas nesse primeiro momento
O caso da jovem que foi retalhada no último sábado (9), dentro de uma boate, em Vila Velha, ganhou mais um capítulo. A mãe da vítima foi até a Corregedoria da Polícia Militar para formalizar a denúncia contra um policial que, segundo ela, teria ajudado a agredir a filha.
O depoimento da mulher foi de portas fechadas e durou cerca de três horas. A mãe da vítima, que prefere não se identificar, foi até a Corregedoria para pedir providências com relação ao policial, já que, de acordo com a vítima, o militar ficou na porta do banheiro impedindo que outras pessoas separassem a briga. “ Ele ficou com a arma para cima, não estava trabalhando, estava à paisana. Quem ia saber que era um policial?”, afirma.
A mulher foi agredida e teve rosto, seios, costas e mão atingidas por uma navalha. Devido à gravidade dos cortes, a mulher precisou se submeter a uma cirurgia onde recebeu mais de 100 pontos.
Além da mãe da vítima, o policial também prestou depoimento. A identidade dele não foi revelada. Segundo o corregedor da Polícia Militar, o homem é apenas soldado dentro da corporação. O corregedor contou, também, que o soldado atua há pouco tempo e que seria amigo de uma das agressoras. Durante o depoimento, o soldado afirmou que presenciou a briga. Segundo ele, a confusão teria começado no salão da boate,e que o envolvimento dele foi apenas nesse primeiro momento, quando tentou apartar a confusão.
O polícia disse ainda que não sabia que as agressoras e a vítima tinham ido ao banheiro, onde as agressões começaram. O militar negou que tenha sacado a arma para impedir que outras pessoas se aproximassem.
De acordo com o corregedor da Polícia Militar, coronel Ilton Borges,o policial confirmou que estava armado, mas disse que não usou a arma.
Um inquérito será instaurado pela Corregedoria nesta quarta-feira (12) para investigar o caso e averiguar a conduta do militar. A polícia vai ouvir testemunhas e solicitar as imagens de videomonitoramento da boate. O prazo para a conclusão das investigações é de 60 dias.
Entenda o caso
Na madrugada de domingo (10), a vítima foi parar no hospital
Na segunda-feira (11) a mulher agredida recebeu alta do hospital . Após as agressões, a vítima precisou receber mais de cem pontos em 18 cortes sofridos. Segundo a vítima, os ferimentos foram causados por uma navalha. Os golpes foram desferidos no rosto, nos seios, nas costas, coxas e mãos da mulher.