ES tem 4 cidades entre as 50 do país com mais furtos e roubos de celulares

Cariacica, Serra, Vila Velha e Vitória estão entre as 50 cidades com maior número de furtos e roubos de celulares no Brasil. Os dados constam na edição de 2024 do Anuário de Segurança Pública, divulgado esta semana. 

Em média, dois mil celulares são roubados ou furtados por mês no Espírito Santo, de acordo com a Secretaria de Segurança Pública, um número significativo, embora tenha havido uma redução de 11% em comparação com o ano anterior.

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Segundo o chefe da Divisão de Combate à Corrupção e ao Crime Organizado (Diccor), delegado Ícaro Ruginski, a maior concentração populacional na Grande Vitória contribui para esses índices alarmantes. 

A Polícia Civil do Espírito Santo afirma que tem intensificado suas ações para identificar e prender receptadores de aparelhos roubados. 

"A maior concentração de população está aqui na Grande Vitória, por isso a maior parte de furtos e roubos ou de crimes patrimoniais também se concentra aqui em Vitória. O número de furtos e roubos a aparelhos telefônicos reduziu em 11% em relação a 2023 para 2022. Isso acontece graças as ações feitas pela Segurança Pública no Estado", disse o delegado. 

As investigações revelam que esses dispositivos são frequentemente vendidos pela internet a preços baixos, muitas vezes sem que os compradores saibam que estão adquirindo produtos ilegais. 

Parte dos celulares roubados é destinada ao próprio Estado, enquanto outros são enviados para fora do Brasil, incluindo países da África, onde alimentam mercados clandestinos.

"São diversos os receptadores, parte deles vai para própria população, que acaba adquirindo esses aparelhos. Boa parte também vai para as lojas que, em parceria com esses criminosos, vendem esses aparelhos com preço abaixo do mercado e outras vezes para fora do Estado", disse o delegado. 

As autoridades têm realizado operações de inteligência para recuperar esses aparelhos e prender os envolvidos no esquema. 

Recentemente, a Polícia Civil anunciou uma mega operação para identificar e prender os responsáveis pelo comércio ilegal de celulares bloqueados via IMEI, destacando a complexidade e a abrangência do problema.

A recomendação das autoridades é que os consumidores evitem comprar celulares de procedência duvidosa, especialmente online, para não se tornarem cúmplices de crimes e alvos de investigações policiais.

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*Texto sob supervisão da editora Erika Santos, com informações da repórter Natália Munhão, da TV Vitória/Record