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"Chegaram para matar", diz testemunha de crime em bar no Norte do ES

Criminosos encapuzados atiraram contra um grupo de jovem. Uma jovem de 21 anos foi atingida, não resistiu aos ferimentos e morreu

Gabriel Barros

Redação Folha Vitória
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Foto: Reprodução TV Vitória
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"Deram vários tiros. Eles chegaram ali para matar". Esse é o relato de uma das testemunhas de um ataque criminoso que tirou a vida de Késia Maria Freire da Silva, de 21 anos.

O crime aconteceu na última segunda-feira (1º), na zona rural de Jaguaré, no Norte do Espírito Santo. Imagens obtidas com exclusividade pela TV Vitória/Record mostram o momento exato em que os criminosos saem de um matagal e atiram contra um grupo de pessoas, com quem Késia estava. 

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O relógio da câmera de segurança que fica próxima ao local do crime marcava 3h57. No vídeo é possível ver o grupo de amigos conversando próximo a um carro branco. De repente, as pessoas se espalham.

As imagens são fortes. No canto do vídeo é possível ver pessoas encapuzadas correndo e clarões dos disparos de arma de fogo. Késia é baleada e cai atrás do carro.

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Em entrevista exclusiva ao repórter Roger Nunes, da TV Vitória/Record, uma das pessoas que estava no grupo relata a ação dos criminosos e o medo vivido. 

"Estávamos entre amigos e conversando. Olhei para o cafezal e percebi uma movimentação. De repente, chegaram três pessoas com toucas ninjas, todos armados e falando 'perdeu, perdeu'. Levantei a mão para cima, pensei que iriam levar meu celular, mas ele já chegaram atirando. Eles estavam ali para matar", relatou.

Bar foi assaltado minutos antes

Antes de chegar ao cafezal onde Késia foi assassinada, os criminosos invadiram um bar e roubaram itens dos funcionários e a proprietária. O local é o mesmo onde Késia trabalhava.

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Testemunhas contaram para a polícia que dois veículos teriam parado próximo ao local e, de um deles, saiu um homem. Ele foi para o estabelecimento, que já estava fechado, e teria pedido uma cerveja. Os criminosos, então, invadiram o local. 

"Já tinha fechado. O quarto do funcionário fica mais perto do bar. Ele e outras funcionárias estavam conversando. Os elementos chegaram e renderam eles. Eles foram até o quarto da dona. Pediam dinheiro, ouro e queriam um malote. Colocando terror psicológico", contou outra testemunha. 
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Segundo o relato, os criminosos fugiram quando perceberam que outro carro parou próximo ao bar. "Eles se assustaram e correram em direção ao cafezal", disse. 

Relatos de que a jovem assassinada no cafezal seria garota de programa surgiram nas redes sociais após o assassinato. Quem a conhecia, no entanto, nega e afirma que ela era trabalhadora.

"Ela não era garota de programa. É um bar e aparece muita gente. É um lugar aberto. Como tem quartos, porque quando tem colheitas no cafezal, a dona aluga, as pessoas fazem essa associação, acham que é uma boate", disse.

De acordo com a polícia, após o crime, os criminosos fugiram. O crime é investigado pela Polícia Civil.

*Com informações do repórter Roger Nunes, da TV Vitória/Record.

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