Acusados de planejar morte de empresário vão a júri nesta quinta
Arnaldo Tesch foi assassinado em 2012, em Santa Maria de Jetibá. O julgamento deveria ter ocorrido em julho de 2022, mas acabou sendo adiado
O júri popular da empresária Gilvana Pires Pereira Tesch e do pai dela, Remi Pereira dos Santos, acusados de planejar o assassinato do empresário Arnaldo Tesch, deve acontecer na manhã desta quinta-feira (4), em Vitória. O julgamento tem início às 8h.
O caso ocorreu em 2012, em Santa Maria de Jetibá, região Serrana do Espírito Santo. O julgamento deveria ter ocorrido em julho de 2022, mas acabou sendo adiado. O júri foi remarcado para 16 de novembro do mesmo ano, e também acabou não acontecendo.
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Os advogados de Gilvana Pires negam a participação da empresária no assassinato. De acordo com eles, os responsáveis pelo crime ainda não foram localizados mesmo após 12 anos do ocorrido.
Segundo o advogado Patrick Berriel, a investigação foi utilizada para incriminar os réus.
"Esse bárbaro crime aconteceu há mais de 10 anos e até hoje as pessoas que assassinaram o Arnaldo Tesch na sua empresa não foram localizadas. Vamos a um julgamento, e até hoje a justiça não indiciou os executores", afirmou.
Relembre o caso
Arnaldo Tesch foi morto a facadas dentro de sua serraria, em Santa Maria de Jetibá, na Região Serrana do Espírito Santo. O crime ocorreu em 10 de outubro de 2012, no bairro Córrego do Ouro.
Na ocasião, três homens invadiram a fábrica e renderam a vítima e o sogro. No entanto, vídeos do circuito interno de segurança deixaram claro, segundo a Polícia Civil, que Remi ajudou os invasores e os levou para longe das câmeras de segurança.
De acordo com a denúncia do Ministério Público do Espírito Santo (MPES) à Justiça, Gilvana queria se separar de Arnaldo. Como o empresário não aceitava o fim do relacionamento, resolveu matá-lo com a ajuda do pai para ficar com o dinheiro do seguro de vida.
"Pelo o que consta nos autos, Gilvana tinha vários relacionamentos extraconjugais e a vítima descobriu. Quando o empresário descobriu, ele falou que iria se separar e por conta disso eles resolveram fazer esse seguro de vida, em nome da Gilvana, e depois assassinar a vítima para conseguir o dinheiro do seguro de vida e tomar conta da empresa da vítima", afirmou o promotor de Justiça, Leonardo Augusto Cezar em 2022
Segundo a Secretaria de Estado de Justiça (Sejus), Gilvana foi presa em agosto de 2013 e solta em julho de 2016. Remi foi preso também em 2013 e saiu do sistema prisional em 2016. Desde então eles estão soltos, mediante alvará de soltura concedido pela Justiça. Os outros envolvidos no crime ainda não foram localizados.
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