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Polícia

Morte de criança no ES: defesa da mãe quer quebra de sigilo telefônico e bancário da própria suspeita

O advogado de Jeorgia Karolina Teixeira da Silva disse que a medida vai ajudar a esclarecer o que aconteceu com o filho da suspeita

Gabriel Barros

Redação Folha Vitória
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Foto: Reprodução/Arquivo Pessoal
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O advogado de defesa da mulher suspeita de envolvimento na morte do próprio filho quer a quebra do sigilo telefônico e bancário da cliente. Jorge Teixeira da Silva, de 2 anos, morreu no início da semana. Segundo a polícia, a criança apresentava sinais de tortura e estupro.

Os pais do menino, Maycom Milagre da Cruz, de 35 anos, e Jeorgia Karolina Teixeira da Silva, de 31 anos, foram presos na última terça-feira (05), em Vila Velha. 

Na manhã desta sexta-feira (08), o advogado de Jeorgia, Carlos Bermudes, esteve na Divisão de Homicídios e Proteção a Pessoa para conversar com o delegado responsável pela investigação.   

"Viemos na delegacia para conversar com o delegado e ter acesso à integralidade das investigações. Até o momento não tivemos acesso porque tinha algumas diligências em andamento e precisávamos aguardar", disse. 

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Ao jornalismo da Rede Vitória, o advogado disse que fará uma série de pedidos ao delegado responsável pelo caso para esclarecer o ocorrido. Entre os pedidos, está a quebra do sigilo bancário e telefônico de Jeorgia.

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"A defesa trouxe por escrito uma série de requerimentos que entendemos serem cruciais para elucidação dos fatos, para dar trazer luz aos fatos. É do nosso interesse que a verdade seja esclarecida. Vamos pedir a quebra do sigilo telefônico e bancário, vamos enviar um ofício a Uber, queremos saber toda a movimentação dela nos dias que antecederam a morte de Jorge", afirmou.

Líder religioso e enfermeira já foram ouvidos pela polícia

No dia da prisão de Maycom e Jeorgia, os policiais estiveram na casa onde a família vivia no bairro Divino Espírito Santo, em Vila Velha. No local, foram encontrados objetos que teriam sido usados em um ritual religioso. Em um dos objetos, segundo a polícia, o nome do menino estava escrito em um pedaço de papel.

Questionado pelos investigadores, o pai alegou que o ritual foi realizado para curar o menino de um problema respiratório.

De acordo com informações apuradas pelo jornalismo da TV Vitória/Record TV, o líder religioso dos pais da criança e a enfermeira que atendeu Jorge no Hospital Estadual Infantil e Maternidade Alzir Bernardino Alves (Himaba) e já foram ouvidos pela polícia.

Relembre o caso: criança morreu após ser hospitalizada

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O menino foi internado na segunda-feira (04) no Himaba, em Vila Velha, e teria tido uma morte súbita. A princípio, segundo a polícia, a informação era de que a criança tinha morrido em decorrência de uma suposta pneumonia. Contudo, foram identificados sinais de possível abuso sexual. 

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Por conta da suspeita, o corpo foi encaminhado para o Departamento Médico Legal para passar por exames. De acordo com a polícia, os pais do menino não concordaram com a realização do procedimento. Ao final do exame, eles foram conduzidos para a Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa do município.

Menino teve lesões no ânus e intestino perfurado, diz polícia

Durante a autópsia, o médico legista identificou que a vítima foi violentada sexualmente. A criança teria tido uma perfuração no reto e no ânus devido a um trauma. A polícia suspeita que um objeto contundente foi inserido no ânus do menino e provocou lesões que romperam o intestino.

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Segundo o médico legista, além das lesões encontradas no ânus e no reto, o menino também teve lesões no rosto, no dorso, no braço esquerdo e na perna. A suspeita é que alguns ferimentos tenham sido provocados por queimaduras de cigarro.

*Com informações do repórter Lucas Pisa, da TV Vitória/Record TV.

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