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Polícia

Criança morta em Vila Velha: Conselho Tutelar afirma não ter recebido denúncias anteriores

Jorge Teixeira da Silva Neto, de 2 anos, foi internado em um hospital de Vila Velha na noite da última segunda-feira (04) e morreu durante a madrugada desta terça-feira (05)

Isabella Arruda

Redação Folha Vitória
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Foto: Reprodução/Arquivo Pessoal
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Apesar da brutalidade que cerca o caso da criança de 2 anos e oito meses, morta em Vila Velha, que pode ter sido estuprada e assassinada pelos próprios pais, o Conselho Tutelar do município afirmou, em entrevista à TV Vitória/Record TV, que nunca havia recebido denúncias anteriores que envolvessem a família.

O menino, Jorge Teixeira da Silva Neto, foi internado em um hospital de Vila Velha na noite da última segunda-feira (04) e morreu durante a madrugada desta terça-feira (05).

As assistentes sociais Heloísa Lemos e Francine Carreta informaram que apenas foram acionadas sobre o caso às 8h30 da manhã desta terça-feira (05), em ligação feita pelo próprio centro hospitalar. 

“Nos informaram que uma criança foi a óbito e nós fomos ao local. Chegando lá, os pais estavam chorando muito”, iniciou.

“Conversamos muito com eles, dentro da sala da assistência social. Nos informaram que a criança só ficava com eles em casa. Tanto o Jorge de 2 anos quanto o irmão, de apenas 8 meses, passavam o dia em creche particular enquanto os pais iam trabalhar. O casal falou que não sabia porque a criança estava com o ânus daquele jeito e que ela teria dado entrada no Himaba com pneumonia e diarréia”, disseram as conselheiras.

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Quanto às marcas de cigarro, os pais teriam dito às assistentes que eram manchas que tinham aparecido sozinhas. “Falaram que não eram de cigarro, mas que poderiam ter relação com o medicamento que estariam dando a Jorge, a amoxicilina. De todo modo, o conselho nunca tinha sido acionado para essa família”, ressaltou.

Foto: Reprodução TV Vitória

Sinais de tortura chamaram a atenção da equipe médica

A equipe médica que atendeu Jorge desconfiou de sinais de possível abuso sexual. Por conta disso, o corpo do menino foi encaminhado para o Departamento Médico Legal para passar por exames.

De acordo com a polícia, os pais não concordaram com a realização do procedimento, que foi realizado mesmo assim. Ao final do exame, o pai e a mãe foram levados para a Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa de Vila Velha.

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Menino teve lesões no ânus e intestino perfurado, diz polícia

Durante a autópsia, o médico legista identificou que a vítima foi violentada sexualmente. A criança teria tido uma perfuração no reto e no ânus devido a um trauma. A polícia suspeita que um objeto contundente foi inserido no ânus do menino e provocou lesões que romperam o intestino.

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Segundo o médico legista, além das lesões encontradas no ânus e no reto, o menino também teve lesões no rosto, no dorso, no braço esquerdo e na perna. A suspeita é que alguns ferimentos tenham sido provocados por queimaduras de cigarro.

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Pais foram presos e são investigados pela polícia

O pai, de 35 anos, e a mãe, de 31, foram presos. Eles são apontados pela polícia como principais suspeitos do crime. Os dois foram encaminhados para o sistema penitenciário. 

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