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Polícia

Advogada é algemada após confusão em delegacia de Vitória

Ela esteve no local para defender um suspeito preso durante uma operação em bairros da capital, que acabou liberado após pagar fiança

Redação Folha Vitória
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Foto: Luana Damasceno
A advogada foi encaminhada ao DML para realização de exames
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Após uma operação nos bairro Joana D'Arc e Andorinhas, em Vitória, com apreensão de armas e materiais, além da prisão de suspeitos, os detidos foram encaminhados para a Delegacia Regional de Vitória. Como procedimento padrão, os advogados acompanharam o caso. Após uma confusão, uma advogada acabou sendo algemada.

De acordo com os policiais, ela já teria chegado nervosa ao local e não teria se apresentado como advogada. Eles ainda informaram que ela chegou a discutir com militares e, por este motivo, houve o uso das algemas.

No entanto, representantes da Ordem dos Advogados do Brasil do Espírito Santo (OAB-ES) afirmam que houve ofensas por parte de um policial e desconhecimento da lei. "O policial ficou irritado, ofendeu o filho dela e começou uma discussão entre os dois. Lá dentro [da delegacia], ele não se conteve, deu um tapa e a algemou. Três policiais para algemar a advogada. Não poderia prender. Se não comunicar à Ordem que vai prender um advogado, essa prisão é nula, arbitrária e ilegal", explicou o presidente comissão prerrogativa da OAB-ES. Ben-Hur Farina.

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Sobre a alegação de policiais de que a advogada não havia se identificado como representante de um dos suspeitos, Farina afirma que, no momento do fato, ela portava a carteira da OAB-ES. "Ela se apresentou como advogada, estava com a carteira, inclusive, quando ela pegou os pertences do cliente que estava preso. Todos sabiam que ela era advogada. É um desconhecimento da lei que, infelizmente, a Polícia Militar não teve naquele momento e tomou a atitude arbitrária".

O presidente comissão prerrogativa ainda afirmou que houve a tentativa de acionar a corregedoria da Polícia Militar, mas não houve retorno por parte do representante. "O tenente coronel que responde estava aqui e não fez nada, se omitiu. Vamos representar junto à corregedoria e representar contra eles. Não podemos permitir que isso aconteça com um advogado que defende o cidadão", disse.

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A ocorrência foi encerrada por volta das 8 horas desta terça-feira (14). O delegado entendeu que a advogada não cometeu nenhuma irregularidade e o caso será encaminhado para a corregedoria da Polícia Militar. A advogada não quis dar entrevista foi encaminhada ao Departamento Médico Legal (DML) de Vitória para realização de exames. O suspeito representado pela advogada foi liberado após pagar fiança.

A reportagem da Rede Vitória procurou a Polícia Militar para comentar o assunto, mas o comandante do Primeiro Batalhão não quis se manifestar neste primeiro momento.

*Com informações do repórter Arlesson Schneider, da TV Vitória / Record TV

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