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Polícia

Pais de menino que morreu em Dores do Rio Preto serão julgados por homicídio e tortura

Arthur Moura da Silva, de 5 anos, morreu no dia 15 de agosto do ano passado, após dar entrada no Pronto-Socorro de Guaçuí com sinais de agressão

Redação Folha Vitória
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Foto: Reprodução
Arthur Moura da Silva, de 5 anos, morreu no dia 15 de agosto do ano passado
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Os pais do menino Arthur Moura da Silva, de 5 anos, que morreu no dia 15 de agosto do ano passado, após dar entrada no Pronto-Socorro de Guaçuí, na região do Caparaó, serão julgados pelo Tribunal do Júri por causa da morte da criança.

Adeildo Souza da Silva e Luane Monique de Moura Silva foram denunciados pelo Ministério Público Estadual (MPES), em agosto do ano passado, pelos crimes de homicídio por omissão e tortura. Ainda não há data para o júri acontecer.

Os dois réus do processo continuam presos. De acordo com a Promotoria de Justiça de Dores do Rio Preto, que ofereceu a denúncia à Justiça, os pais de Arthur foram omissos ao não socorrerem o garoto após ele apresentar diversos sintomas.

A peça acusatória relata que desde o dia 12 de agosto de 2018 a criança apresentava visíveis sintomas de febre alta, dores no corpo, cefaleia, falta de apetite, vômito, diarreia, inconsciência e convulsões. Os pais, entretanto, só teriam levado o menino ao Pronto-Socorro de Guaçuí no dia 15 de agosto.

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Ainda segundo a acusação, na ocasião os sintomas se agravaram e o garoto apresentava fraqueza, não falava nem se movia, apresentava crise convulsiva, febre alta, inconsciência e não respondia a estímulos. Horas depois, ele não resistiu e morreu.

Segundo o MPES, as investigações apontaram ainda que o pai agrediu fisicamente a vítima com socos e chutes, por reiteradas vezes, entre os dias 12 e 15 de agosto, mesmo diante do grave quadro de saúde que a criança apresentava. A mãe, por sua vez, apesar de presenciar as agressões, nada fez para resguardar a integridade física do filho, segundo a acusação.

O crime

Arthur morava com a família no município de Dores do Rio Preto, na região do Caparaó. Ele morreu após dar entrada no Pronto-Socorro de Guaçuí com diversos hematomas pelo corpo.

Segundo a polícia, o pai da criança confessou ter espancado o próprio filho, alegando que "ouvia vozes" que o mandavam fazer aquilo. Entretanto, a Polícia Civil concluiu que as lesões corporais que o menino apresentava, ao dar entrada no Pronto-Socorro de Guaçuí, não foram a causa determinante da morte da criança.

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No dia em que morreu, Arthur foi levado para um centro espírita, onde foi feita uma oração espiritual na criança. Em seguida, a criança começou a passar mal e foi levada para o pronto-socorro para receber atendimento médico.

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