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Polícia

Madrasta admite ter asfixiado criança de 3 anos até a morte em Cachoeiro

Juliana Vicente Pereira foi presa na manhã desta segunda-feira e, inicialmente, alegou que Samuel Macedo Neves havia morrido afogado dentro de uma balde de água

Redação Folha Vitória
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Samuel morreu na noite do último sábado em Cachoeiro Foto: Reprodução
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A madrasta de um menino de 3 anos, que morreu no último sábado (4) em Cachoeiro de Itapemirim, no sul do Estado, confessou à polícia ter assassinado a criança. Juliana Vicente Pereira, de 25 anos, foi presa na manhã desta segunda-feira (6) e, inicialmente, alegou que Samuel Macedo Neves havia morrido afogado dentro de uma balde de água.

De acordo com o delegado Guilherme Eugênio, da Delegacia de Crimes Contra a Vida (DCCV) de Cachoeiro, responsável pelo caso, a perícia concluiu que o menino não morreu por afogamento, mas por asfixia mecânica. Além disso, segundo o delegado, a criança possuía diversas lesões na cabeça, nas costas e nos braços.

"Inicialmente ela negou a autoria do crime, reforçando a tese do acidente. Mas, à medida que as novas provas eram apresentadas, ela ia se vendo 

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sem opções. Até ontem [domingo] à noite, ela manteve a versão de morte acidental. Mas, não obstante, foi presa hoje de manhã, ainda pela 
delegacia de plantão, por conta de uma decisão judicial", contou o delegado.

De acordo com Guilherme Eugênio, Juliana disse que não percebeu que estava sufocando o garoto. "O Samuel foi morto pela madrasta em um ato conhecido como asfixia indireta, que é quando uma pessoa muito mais forte do que a outra imprime o tórax da vítima até que ela não consiga inspirar ou expirar o ar. Então o que a Juliana confirma ter feito foi abraçar o peito do Samuel com muita força, impedindo-o de respirar. Ela disse que não mediu a força e que não percebeu que estava matando o menino".

Segundo o delegado, a acusada foi liberada após o primeiro depoimento, já que não havia provas suficientes contra ela. "A madrasta compareceu no plantão policial de Cachoeiro narrando que o enteado havia morrido por afogamento, caindo no interior de um balde cheio de água. Ela informou inicialmente que, enquanto cuidava do filho de seis meses, o enteado havia sofrido esse acidente e morrido. Sem dispor de elementos mais concretos de autoria, a primeira equipe de plantão, que se deparou com a ocorrência, não conseguiu indícios suficientes para formular um juízo concreto em desfavor da Juliana. Então ela foi inicialmente liberada".

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No entanto, Guilherme Eugênio ressalta que, com a realização da perícia, foi possível desmentir a versão inicial. "O próprio hospital e o serviço médico legal comunicaram essa suspeita [de que a criança havia sido estrangulada] à delegacia que assumiu o plantão. E o colega que se encontrava em serviço buscou judicialmente a decretação da prisão da Juliana, constatando que ela havia mentido categoricamente".

Samuel Macedo morava com a avó materna em Atílio Vivácqua, também no sul do Estado, e estava passando um período na casa do pai, no bairro Nova Brasília, em Cachoeiro. Os pais dele eram separados e, por autorização do Conselho Tutelar, a criança passava alguns dias com o pai e a madrasta. 

Segundo a polícia, a família de Samuel tinha registrado queixas sobre maus tratos ao menino todas as vezes que ele ia passar uns dias com os dois. Mesmo assim, o Conselho Tutelar autorizou que ele continuasse na companhia do pai e da madrasta.

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"[Os casos de maus tratos] foram narrados pela família do Samuel. E o Conselho Tutelar de Atílio Vivácqua registrou um evento de violência entre o pai, a madrasta e a criança. Mas ainda não conseguimos uma informação oficial do conselho", disse.

Testemunhas foram ouvidas na tarde desta segunda-feira na DCCV de Cachoeiro, onde o caso está sendo investigado.

 

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