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"JOGO DO BICHO"

Com 5 presos, operação no ES tem até iates e helicóptero apreendidos

A denúncia apresentada pelo Ministério Público pediu também a restrição sobre 51 imóveis, três embarcações, um avião, um helicóptero, 28 veículos e uma motocicleta

Redação Folha Vitória

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Foto: Ingrid Almeida/ TV Vitória
ATUALIZAÇÃO: A reportagem foi atualizada após a prisão do quinto denunciado. Anteriormente, informava a prisão de quatro pessoas.
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Ao menos cinco pessoas foram presas na manhã desta terça-feira (13) durante uma operação em combate ao crime organizado e a lavagem ativos em municípios da Grande Vitória. Os suspeitos teriam envolvimento com o "jogo do bicho".

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A ação é fruto de uma investigação do Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado (Gaeco), órgão ligado ao Ministério Público do Espírito Santo (MPES), e contou com apoio da Polícia Militar.

Ao concluir as investigações na Operação Frisson, o Ministério Público pediu a prisão dos envolvidos e a restrição de diversos bens. No total, foi solicitada e deferida judicialmente a restrição sobre 51 imóveis, três embarcações, um avião, um helicóptero, 28 veículos e uma motocicleta.

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Os mandados foram expedidos pela 6ª Vara Criminal de Vila Velha. Na ação desta terça-feira, são cumpridos seis mandados de prisão, além dos de busca e apreensão do extenso patrimônio dos denunciados.

De acordo com as informações divulgadas pelo Ministério Público, alguns veículos e aeronaves foram destinados ao uso das forças de segurança pública.

Investigação começou em 2021 e teve apoio da PF e da Receita Federal

A investigação começou em setembro de 2021 e teve apoio da Polícia Federal (PF) e da Receita Federal. Em 2022, foram cumpridos mandados judiciais de busca e apreensão em residências e empresas dos então investigados.

A partir da análise das provas, de acordo com o MPES, foi possível identificar com detalhes a organização criminosa constituída para a ocultação de bens, direitos e valores obtidos com a exploração do “jogo do bicho”.

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A investigação aponta que pessoas jurídicas foram constituídas pelos denunciados para garantir a ocultação dos bens, com reinserção financeira dos valores em nome próprio ou de terceiros laranjas.

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As provas obtidas pelo órgão ao longo da investigação, segundo o MPES, confirmam que os denunciados misturam os valores de fontes diversas para confundir os órgãos de controle, utilizando o sistema financeiro oficial para circular parcela dos valores, geralmente por depósitos em dinheiro vivo.

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Após a denúncia, a Justiça deferiu também os pedidos de indisponibilidade e alienação antecipada de bens, como medidas preparatórias aos requerimentos dos confiscos ordinário, subsidiário e alargado do patrimônio indevido, buscando não apenas o ressarcimento do valor do dano calculado em R$ 60.491.735,89, mas também atingir o produto/proveito direto dos crimes, bem como aqueles bens que são incompatíveis com a renda lícita dos denunciados, calculados em R$ 64.679.731,06.

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