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Polícia

Menino de 9 anos é agredido e obrigado pela mãe a beber urina

Além das agressões, a criança também teria sido vítima de violência psicológica. Ela foi retirada do convívio da mãe e encaminhadA para a casa de familiares

Redação Folha Vitória
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Foto: Reproducao/ Arquivo Pessoal
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Um caso cruel chocou uma família do Espírito Santo. Um menino de 9 anos foi agredido com uma mangueira e obrigado a beber a urina dele. A suspeita, segundo a família, é a própria mãe. 

A criança foi retirada do convívio da mulher pelo Conselho Tutelar e entregue a tias. As agressões teriam acontecido porque o menino teria deixado de fazer as tarefas de casa.

Em foto cedida pela família é possível ver as marcas nas costas do garoto. (veja acima). O registro foi feito poucas horas após as agressões. Além da violência física, segundo a família, o menino também sofria violência psicológica.

O nome da suspeita e a cidade onde ocorreu o caso não serão divulgados para preservar a vítima. De acordo com a família, as agressões ao garoto aconteceram na quarta-feira (08). Na última quinta-feira (09), a criança teria ido para a escola e os professores viram as marcas. A equipe da escola acionou o Conselho Tutelar.

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"Ele foi para a escola escondido da mãe dele, porque senão ela não ia deixar ele ir com as marcas no corpo. Ele chegou na escola, os professores já viram e chamaram o Conselho Tutelar e mãe dele. Ela fez um barraco, disse que não ia deixar tirar o filho dela, falou que ela estava corrigindo o filho dela e ninguém tinha que se meter", contou uma das tias. 

Muito abalada, uma das tias contou à reportagem da TV Vitória/Record TV que, quando o sobrinho chegou, estava muito machucado. Ela disse que sentiu muita dor ao ver o sobrinho ferido e com psicológico abalado.

"Ele não é uma criança ruim. O que ela merece? O que essa mulher merece? Que a justiça seja feita. Ela não pode ficar impune, ela tem que pagar pelo que fez", desabafou. 

A delegada Silvana Paula Castro lembra que agressão infantil é crime e pode resultar em até três anos de prisão.

"O pai e a mãe, ou qualquer outra pessoa que conviva com a criança e a agride, podem responder criminalmente. O dever de educar não está relacionado a bater. O dever de bater não existe. Resolver os nossos problemas por meio de violência precisa ser retirada da nossa sociedade", disse. 

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Quase 190 crianças foram agredidas no ES neste ano

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Segundo dados da Secretaria Estadual de Segurança Pública, de janeiro a maio deste ano, 189 crianças foram agredidas no Espírito Santo. 

A maior parte dos atos violentos aconteceu na Grande Vitoria. Do total, 28 foram registrados na Capital. Serra e Vila Velha registraram 25 casos cada e, em Cariacica, foram 16 ocorrências. 

Diante de tantos casos, a delegada destaca a importância das denúncias.

"Você pode denunciar pelo canal do Disque 100. A gente costuma receber denúncias diariamente e acionamos o Conselho Tutelar para atender essa criança. Se a situação estiver muito grave, as pessoas também podem ligar para o 190", disse.

As tias do menino agredido contaram que querem a guarda dele e afirmaram que vão fazer o possível para ajudar a criança a superar o trauma causado pelas agressões da própria mãe. 

O caso foi registrado como maus-tratos e será investigado pela equipe da Delegacia Especializada de Proteção à Criança e ao Adolescente. Por envolver um menor de idade, o caso seguirá sob sigilo.

*Com informações da repórter Milena Martins, da TV Vitória/Record TV.

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