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Polícia

Polícia conclui que empresário atirou primeiro em advogado e tinha arma ilegal

Segundo delegado, o advogado Luis Hormindo França Costa atirou em legítima defesa. Crime foi na Mata da Praia após briga por causa de cachorro

Redação Folha Vitória

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Foto: Leitor Whats/Folha
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A Polícia Civil concluiu o inquérito sobre o assassinato do empresário Manoel de Oliveira Pepino, na Mata da Praia, em Vitória. O crime foi registrado no dia 20 de abril. Segundo a polícia, o advogado Luis Hormindo França Costa atirou em legítima defesa. 

As informações foram passadas em entrevista coletiva na tarde desta terça-feira (7). Durante as investigações, foram analisadas imagens e testemunhas foram ouvidas. Entre elas, estava uma pessoa, que não possui “vínculo de amizade ou inimizade” entre os envolvidos, e presenciou toda discussão e troca de ofensas.  

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Segundo o chefe da DHPP de Vitória, delegado Ramiro Pereira Diniz, a testemunha foi categórica ao afirmar que Manoel deu início aos disparos. 

"A gente conseguiu apurar que de fato começou uma discussão, teve uma troca de ofensas, Manoel entrou em casa, pegou uma arma de fogo que ele possuía ilegalmente, e saiu de casa em direção ao Luiz", descreve o delegado. 

Manoel atirou quatro vezes com o revólver que tinha. Da pistola, do advogado, a polícia não informou.

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Além disso, conforme as investigações, as imagens mostram que Luiz saiu com o cachorro e tentou ir para fora da cena do crime. Entretanto, foi perseguido pelo empresário.  

"O Manoel vem em posse da arma de fogo, atirando contra ele, mas em saída, até que um dos disparos infelizmente atinge fatalmente o seu Manoel", detalha Ramiro Diniz. 

VEJA VÍDEO: Novas imagens mostram tiroteio entre empresário e advogado na Mata da Praia

No momento em que o advogado atingiu o idoso, segundo apurações da polícia, ele para de atirar, vai até o corpo de Manoel e fica no local aguardando as equipes de resgate. O advogado chegou a ser preso, mas foi liberado pela Justiça nesta segunda-feira (6).

"Diante da conclusão das investigações, a gente entendeu que o advogado agiu amparado pela legítima defesa. O inquérito retornou ao Ministério Público para a apreciação, junto ao Poder Judiciário e foi de consenso que o caso era legítima defesa", descreveu o delegado Ramiro Pereira Diniz. 

Ministério Público pede novas investigações

O inquérito do crime foi concluído pela Polícia Civil, mas o Ministério Público do Espírito Santo (MPES) pediu novas investigações. 

Em nota, a Polícia Civil, por meio da Divisão de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) de Vitória, informa que recebeu intimação da 1ª Vara Criminal de Vitória sobre o retorno dos autos à unidade às 16h20 desta terça-feira (7).

Foto: Reprodução / Instagram
 Luis Hormindo França Costa chegou a ser preso pelo crime, mas já foi libertado
"O documento solicita laudos periciais das armas, do local de crime e dos vídeos que foram utilizados na investigação. Os laudos estão atualmente em confecção pelo Instituto de Criminalística da Polícia Científica", declara a polícia em nota.

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Relembre o caso

O empresário foi morto em uma troca de tiros com o advogado Luis Hormindo após ter sido questionado sobre passear com o cachorro sem coleira e focinheira.

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De acordo com o boletim de ocorrência do caso, a vítima estava com a esposa e um cachorro, sem coleira, passeando por uma rua do bairro.

O advogado também estava passeando com um cão, na coleira, quando questionou Manoel sobre o perigo do outro animal avançar em seu pet.

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Luis Hormindo informou aos militares que, em outra ocasião, o cachorro do empresário, da raça Malamute do Alasca e chamado Lobo, já o teria atacado.

Foto: Reprodução TV Vitória
O cachorro do empresário foi levado para o enterro do tutor

A mulher do empresário relatou que Manoel tentou argumentar que Lobo era manso e que não iria avançar em ninguém.

"Só que a discussão se estendeu, as ofensas também, e meu marido foi pegar a arma. Ainda tentei contê-lo para ele não ir, mas não teve jeito", disse Marília Pepino.

Manoel saiu da praça e foi em casa pegar a arma. Enquanto isso, Marília ficou no local e alega que tentou contornar a situação, pedindo que o advogado fosse embora.

Mas ela relatou que os dois saíram atirando e foram para uma outra rua, onde Manoel acabou morto. No tiroteio, a casa e o cachorro também foram atingidos. No enterro do empresário, a família levou o cão para o cemitério.



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