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Polícia

Fraude em bolsas de faculdade: estudantes de medicina receberam até auxílio emergencial

Além de receberem fraudulentamente as bolsas de estudos, os alunos receberam também, de forma irregular, o auxílio emergencial

Redação Folha Vitória

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Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil
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Durante as investigações da Operação Falso Positivo, que cumpriu mandados de busca e apreensão no Espírito Santo nesta quinta-feira (26), foi identificado que estudantes de medicina se passavam por 'baixa renda' para conseguir bolsas de estudo e chegaram até a receber o auxílio emergencial

A ação foi deflagrada pela Polícia Federal em Campos dos Goytacazes, no Rio de Janeiro, e cumpriu mandados em Linhares, Cachoeiro de Itapemirim, Mimoso do Sul, no Espírito Santo, e Campos, Itaperuna e São Francisco do Itabapoana, ambos no Rio de Janeiro.

Segundo a Polícia Federal, os estudantes falsificavam documentos para serem beneficiados com bolsas integrais de estudos em uma faculdade localizada em Campos dos Goytacazes. 

Ao longo da investigação, 12 pessoas foram indiciadas, entre alunos e pais. Mediante a quebra de sigilo bancário, foi identificado que os investigados movimentaram valores exorbitantes, incompatíveis com a renda que afirmavam ter.

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Ainda segundo a Polícia Federal, uma das formas dos alunos se passarem por pessoa de baixa renda, era fazendo inscrições no Cadastro Único (CadÚnico), uma espécie de banco de dados do governo federal que inclui famílias de baixa renda em programas socioeconômicos. 

Com isso, além de receberem fraudulentamente as bolsas de estudos, os alunos — e, em alguns casos, os próprios pais — receberam também, de forma irregular, o auxílio emergencial, criado para minimizar os efeitos da crise provocada pela pandemia de covid-19.

Investigados responderão por estelionato

Os investigados, segundo a Polícia Federal, responderão pelos crimes de estelionato, falsidade ideológica e associação criminosa, sem prejuízo de eventuais outros crimes que podem surgir no decorrer das investigações.

A Polícia Federal destacou que o nome da operação, “Falso Positivo”, é em alusão ao termo em medicina, que significa o exame físico ou complementar em que o resultado indica a presença de uma doença, quando na realidade ela não existe.

Saiba mais: PF mira estudantes de medicina do ES que falsificavam documentos para conseguir bolsa de estudo

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