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Polícia

Delegado pede que Justiça ainda não autorize doação de órgãos de menina espancada pelo padrasto

Novos exames, nesta terça-feira (18), deverão indicar se a criança teve morte cerebral. Ela segue no Hospital Infantil de Vitória

Redação Folha Vitória
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Foto: Reprodução
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O delegado Leonardo Forattini, chefe da 14ª Delegacia Regional de Barra de São Francisco, no norte do Estado, encaminhou um pedido à Justiça para que os órgãos da menina de 6 anos, que foi estuprada e espancada pelo padrasto em Ecoporanga, ainda não sejam doados. 

O delegado, responsável pela investigação do caso, solicitou que a Justiça não autorize a doação enquanto não forem feitos exames que identifiquem a possível causa de morte da criança e que comprovem que ela realmente foi vítima de violência sexual.

Mais cedo, havia a informação de que a menina havia tido morte cerebral. No entanto, fontes do hospital em que a criança está internada informaram à reportagem do Folha Vitória que o desligamento dos aparelhos que mantém os sinais vitais da menina havia sido suspenso, pois a vítima havia reagido a um dos testes que são feitos para verificação da morte encefálica — exame de apneia. 

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Quando isso ocorre, geralmente novos exames são realizados para confirmar a morte cerebral, o que deve acontecer nesta terça-feira (18). Por enquanto, a criança segue no Hospital Infantil de Vitória. 

O pai da vítima também está no hospital, acompanhado de duas assistentes sociais. "Ele está muito abalado e nervoso com a situação da filha", disse, mais cedo, uma conselheira tutelar para a reportagem da TV Vitória/Record TV.

Relembre o caso

Inicialmente, a menina havia dado entrada no Hospital Infantil de Barra de São Francisco, na manhã da última sexta-feira (14), mas, devido à gravidade dos ferimentos, precisou ser transferida para o Hospital Infantil de Vitória.

O padrasto da criança, de 43 anos, principal suspeito do crime, foi encontrado na manhã de domingo (16), em um colchão no meio do mato, em Ecoporanga. Segundo a polícia, ele havia fugido após ter deixado a mãe e a criança no hospital de Barra de São Francisco.

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No mesmo dia, após diligências iniciais e oitivas, a polícia pediu a prisão temporária da mãe, também de 43 anos, por omissão. Ela foi detida ainda no hospital. 

De acordo com a Polícia Civil, em depoimento, a mãe da criança confessou que as agressões contra a vítima ocorreram na quinta-feira (13), versão que coincide com os hematomas e lesões relatados pela equipe médica.

Segundo o delegado que está à frente das investigações, a mãe também confessou que, em uma outra ocasião, não precisando dia, a criança teria aparecido com a roupa cheia de sangue, mas não denunciou o estupro à polícia.

De acordo com a PCES, as investigações sobre o crime continuam em andamento na Delegacia Regional de Barra de São Francisco e, para que a apuração seja preservada, nenhuma outra informação será divulgada. 

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