Caso Alice: polícia conclui inquérito e identifica envolvidos no crime
A investigação da Polícia Civil concluiu que a ordem do crime que motivou a morte da criança partiu de dentro do presídio
A Polícia Civil (PCES) concluiu o inquérito do caso Alice. A criança de 3 anos que morreu ao ser atingida por um tiro após um criminoso pular o muro da casa onde ela morava no bairro Dom João Batista, em Vila Velha.
Ao todos, cinco pessoas foram presas suspeitas de envolvimento no homicídio. Segundo as investigações, a criança morreu durante uma troca de tiros entre criminosos que disputam o controle de dois pontos de venda de drogas do bairro.
Ainda de acordo com a investigação, o tráfico de drogas da região era controlado por Rafael Proveti Nascimento, porém com a prisão do suspeito, a mulher dele, Ana Paula Dias Ferreira, passou a coordenar o crime no local. Mesmo assim, as ordens partiam de Rafael de dentro da prisão.
Além deles, a PC identificou Thiago Martins de Souza e um adolescente de 15 anos como atiradores. Johnatan Henrique Barbosa, conhecido como "Johnatan Capeta", era o segurança do ponto de venda de drogas e Willian Nascimento Lacerda era o motorista no dia do crime. Outro suspeito que também foi um dos atiradores continua foragido. Ele se chama Isaias Themoteo Leao, também conhecido como "Guerreiro".
Apesar das investigações, não foi possível identificar de qual arma partiu o disparo que matou Alice. "A partir do momento que você sai para matar alguém e efetua disparos a esmo, você assume o risco de matar quem quer que seja", afirma a delegada Rafaella Aguiar, responsável pelas investigações do caso.
Como as ordens partiram de dentro do presídio, Rafael Proveti pode ter a pena aumentada. "Através das investigações, a delegada conseguiu trazer o traficante para a cena do crime, mesmo preso. Ele será indiciado também por esse homicídio", explica o delegado-geral da Polícia Civil, Darcy Arruda.
Com informações do repórter Arleson Schneider, da TV Vitória/Record TV.