Morte irmãos carbonizados

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Polícia

MPES entra com recurso contra decisão da Justiça de não levar Juliana Sales a júri popular

Ministério Público alega que a mãe de Joaquim e Kauã foi omissa em relação aos crimes atribuídos ao marido dela, Georgeval Alves, acusado de matá-los

Rodrigo Araújo

Redação Folha Vitória
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Foto: Reprodução
A Justiça decidiu que Juliana Sales não deverá ser julgada pelas mortes dos dois filhos
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O Ministério Público do Espírito Santo (MPES) ingressou com um recurso de apelação contra a decisão da Justiça de não levar a júri popular Juliana Sales, mãe dos irmãos Kauã Sales Butkovsky, de 6 anos, e Joaquim Alves, de 3 anos, mortos carbonizados no dia 21 de abril do ano passado, em Linhares.

O MPES alega que Juliana foi omissa em relação aos crimes atribuídos ao marido dela, Georgeval Alves, pai de Joaquim e padrasto de Kauã, acusado de estuprar, espancar e atear fogo nas duas crianças enquanto elas ainda estavam vivas. O Ministério Público pede que ela responda pelos mesmos crimes que Georgeval, que irá a júri popular.

Em suas alegações, o MPES reforça que Juliana sabia dos riscos de deixar os filhos sob os cuidados de Georgeval, em razão do comportamento apresentado pelo suspeito dias antes do ocorrido. Um dia antes da morte de Joaquim e Kauã, Juliana havia viajado para o município de Tófilo Otoni, em Minas Gerais, e deixado as duas crianças com Georgeval em Linhares.

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As alegações do Ministério Público são baseadas em depoimentos prestados durante o inquérito policial que apurou os fatos e em conversas que Juliana e Georgeval tiveram por meio de aplicativos de mensagens. Segundo o MPES, mesmo diante das evidências de que o marido teria matado seus dois filhos, Juliana nunca o questionou sobre o que de fato ocorreu e sempre procurou encobri-lo de qualquer acusação.

Decisão

No último dia 2 de maio, o juiz André Bijos Dadalto, da 1ª Vara Criminal de Linhares, decidiu que Juliana deveria ser impronunciada dos crimes, na forma omissiva, de homicídio duplamente qualificado e estupro de vulneráveis. Ela também foi absolvida do crime de fraude processual.

Segundo o magistrado, Juliana Sales não estava em Linhares na madrugada do dia 21 de abril do ano passado, quando aconteceu o incêndio na residência onde a família morava. Além disso, ainda na decisão, o juiz diz que não consta nos autos do processo provas cabais para convencer o magistrado de que a mãe dos irmãos tenha sido omissa.

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Já Georgeval Alves será submetido a júri popular. Ele responderá pelo crime de duplo homicídio qualificado, estupro de vulnerável e tortura. O acusado, no entanto, foi absolvido do crime de fraude processual. O juiz também negou a revogação da prisão preventiva, não permitindo que Georgeval recorra da decisão de pronúncia em liberdade.

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