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Polícia

Diplomata que matou a esposa é chamado a depor para a Justiça da Espanha

A decisão é do juiz da Corte Nacional do país e foi tomada em virtude do pedido da filha do casal, que exige que Jesús Figón responda em seu país pelo assassinato de Rosemary Justino

Redação Folha Vitória
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Jesús Figón foi chamado a depor na Corte Espanhola sobre o assassinado da esposa, ocorrido em Vitória Foto: TV Vitória
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O diplomata espanhol Jesús Figón foi chamado para prestar depoimento no próximo sábado (30) na Corte Nacional de seu país, por conta do assassinato de sua esposa, a cabeleireira Rosemary Justino Lopes, ocorrido no último dia 12, no apartamento do casal, em Jardim Camburi, Vitória. As informações são do jornal El Mundo.

De acordo com a publicação, a decisão do juiz Eloy Velasco foi tomada em virtude da ação movida pela filha do casal, que entrou com uma ação na Justiça espanhola, exigindo que o pai respondesse pelo processo em seu país. Figón deverá ser notificado da decisão por meio da embaixada espanhola, já que ocupa o cargo de conselheiro de Interior do órgão.

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Ainda segundo o El Mundo, em sua decisão o juiz questiona à Interpol no Brasil sobre a possibilidade de Figón ir à Espanha para prestar depoimento como acusado de homicídio. O magistrado solicita ainda os relatórios médico, policial e da autópsia, referentes ao caso, além de solicitar sobre a possibilidade de o corpo seja levado para a Espanha, como pediu a filha do casal.

O juiz, no entanto, ainda não pretende pedir a extradição do comissário espanhol, alegando "falta de conhecimento das circunstâncias em que os eventos ocorreram". Jesús Figón responde pelo assassinato da esposa no Brasil, já que o governo espanhol suspendeu a imunidade diplomática a que ele tem direito, por trabalhar na embaixada do país.

Espanhol continua em Vitória

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O advogado de Jesús Figón, Walter Gomes Ferreira Júnior, disse que o diplomata ainda não foi notificado da decisão da Justiça espanhola. Segundo ele, assim que a notificação chegar, será feito um requerimento ao juiz da 1ª Vara Criminal de Vitória solicitando que o espanhol possa deixar o Brasil.

Ainda de acordo com Ferreira, Figón deve permanecer em Vitória pelo menos até o fim do inquérito policial sobre o assassinato de Rosemary. O titular da Delegacia de Homicídios e Proteção à Mulher (DHPM), Adroaldo Lopes, responsável pela investigação, informou que o prazo para que o inquérito seja concluído é até o dia 11 de junho.

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O espanhol disse ter sofrido ameaças por parte de parentes da esposa e, por isso, gostaria de voltar para Brasília, onde trabalha. No entanto, foi convencido pelo advogado a permanecer na capital capixaba.

"Ele continua em um hotel em Vitória. Está com medo por conta das ameaças que já sofreu, mas eu pedi para que ele ficasse até o fim das investigações e ele aceitou. Mas ele é um homem livre e, teoricamente, não está proibido de sair de Vitória", ressaltou Ferreira. 

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