Comissário espanhol acusado de matar a mulher diz sofrer ameaças em Vitória e pede para voltar para Brasília
Segundo o delegado Adroaldo Lopes, Jesús Figón pediu ajuda à Polícia Federal para voltar a Brasília, pois teria sofrido ameaças de parentes da esposa assassinada
O comissário do governo da Espanha, Jesús Figón, de 64 anos, pediu para a Polícia Federal que fosse mandado de volta para Brasília, alegando ter sofrido ameaças em Vitória por parte de familiares da esposa, a cabeleireira Rosemary Justino Lopes, de 56 anos. O diplomata confessou ter matado a mulher na madrugada de terça-feira (12).
O titular da Delegacia de Homicídios e Proteção à Mulher (DHPM), delegado Adrolado Lopes, responsável pela investigação do crime, confirmou a informação. Porém, segundo ele, o acusado continua em solo capixaba.
"Eu estava com um delegado da Polícia Federal na minha sala no momento em que o adido diplomático chegou com essa notícia. E esse delegado
O titular da DHPM frisou ainda que o diplomata disse que preferia permanecer no Brasil, alegando que seria preso caso pisasse em solo espanhol. "Agora, com essa decisão [da perda da imunidade], a coisa muda de figura. E espero que a mentalidade dele também mude", destacou o delegado.
No entanto, no início da noite desta quarta-feira, o Governo espanhol comunicou a suspenção da imunidade diplomática de Jesús Figón. O anúncio foi feito pela assessoria de Imprensa do Ministério das Relações Exteriores. O pedido foi feito pelo Governo brasileiro. Com a decisão, o diplomata agora vai responder o processo judicial no Brasil.