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Polícia

"Legítima defesa não se sustenta", dizem advogados da família de empresário morto

Segundo a defesa dos familiares de Manoel de Oliveira Pepino, advogado constantemente ameaçava a vítima e sua esposa com xingamentos

Redação Folha Vitória

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audima
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Foto: Acervo pessoal
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Advogados da família do empresário Manoel de Oliveira Pepino, de 73 anos, morto durante uma troca de tiros na Mata da Praia, em Vitória, na noite do último sábado (20), durante uma briga por causa de um cachorro sem coleira, contestam a versão de legítima defesa apresentada pelo suspeito do assassinato, o advogado Luis Hormindo França Costa, de 33 anos. 

De acordo com os representantes da família do empresário, os advogados Victor Magno do Espírito SantoVicente de Paulo do Espírito Santo, as circunstâncias do crime tornam a versão de legítima defesa improvável. 

Segundo eles, o suspeito constantemente ameaçava a vítima e sua esposa com xingamentos. Além disso, afirmam que o advogado saiu de casa pronto para executar o empresário. 

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"O autor do crime, no dia do fato, saiu de sua casa preparado para executar a vítima e para uma intensa troca de tiros, pois portava uma pistola totalmente carregada, além de levar consigo um carregador (pente) extra, tanto é verdade que efetuou mais de 20 disparos, tendo a frieza e tempo para recarregar a arma e continuar os disparos contra o Sr. Manoel, bem como à sua residência e ao seu animal de estimação", afirmam os advogados. 
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No mesmo documento, os juristas afirmam que durante a discussão, a esposa do empresário teria pedido ao suspeito para que fosse embora do local, para evitar que a briga escalasse. 

O advogado teria permanecido ao local e respondido à viúva que '"Vamos ver quem vai morrer primeiro, vamos ver quem vai ficar com a boca cheia de formiga". 

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"Embora estejamos em um momento inicial da investigação, todos os fatos até aqui expostos levam a crer que a conduta praticada por Luis Hormindo não encontra amparo na tese da legítima defesa", diz o posicionamento oficial dos juristas. 

Relembre o caso 

O empresário Manoel de Oliveira Pepino, de 73 anos, que foi morto em uma troca de tiros na Mata da Praia, na noite de sábado (20), teria discutido com o advogado Luis Hormindo França Costa, de 33 anos, autor dos disparos, após ter sido questionado sobre passear com o cachorro sem coleira.

De acordo com o boletim de ocorrência do caso, ao qual o Folha Vitória teve acesso, a vítima estava com a esposa e um cachorro, sem coleira, passeando por uma rua do bairro. O advogado também estava passeando com um cão, na coleira, quando questionou Manoel sobre o perigo do outro animal avançar em seu pet.

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Luis informou aos militares que, em outra ocasião, o cachorro do empresário, da raça Malamute do Alasca e chamado Lobo, já teria atacado. No entanto, o diálogo acalorado logo virou uma troca de tiros. 

De acordo com o relato de Luis à polícia, o empresário começou a efetuar diversos disparos e, também portando uma arma, o advogado revidou. A correria entre os dois homens, com os disparos, foi parar em outra rua do bairro.

Com os tiros do advogado, Manoel caiu ao chão e já não demonstrava reação. Luis acionou a Polícia Militar e esperou no local. Ele estava com ferimentos leves e precisou ser socorrido. Manoel foi morto com um tiro na cabeça.

O advogado mostrou aos policiais a documentação da arma de fogo e informou que foi usada para defesa pessoal. A arma do empresário morto também estava com documentação, que foi apresentada pelo advogado da família à polícia.

O que diz a defesa do advogado

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A defesa do advogado Luis Hormindo França Costa, de 33 anos, preso em flagrante pela morte do empresário Manoel de Oliveira Pepino, de 73 anos, na Mata da Praia, em Vitória, afirma que ele agiu em legítima defesa.

Em entrevista à TV Vitória/Record, o advogado Leonardo Gagno disse que Luis estava passeando com o cachorro quando a discussão teve início. Afirmou ainda que advogado atirou contra o idoso, que também estava armado, para se proteger.

"Ele se defendeu. Ele estava passeando com o cachorro quando começou um conflito verbal e a esposa de seu Manoel começou a atacá-lo com palavras. Seu Manoel correu dentro de casa para pegar um revólver e já voltou atirando nele", disse o advogado. 

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