Ônibus que funcionava como sorveteria é incendiado em Vila Velha; prejuízo de R$ 90 mil

Um ônibus de foodtruck que funcionava como uma sorveteria foi incendiado no bairro Ibes, em Vila Velha, durante a madrugada deste domingo (3). A proprietária desconfia que o veículo, que ficou completamente destruído, tenha sido alvo de criminosos. 

Na ocasião, câmeras de segurança registraram o momento do incêndio. As imagens mostram um homem abaixado ao lado da roda traseira do ônibus, o Ice Bus. Após alguns segundos, ele se desloca até a frente do veículo. 

Na sequência, um clarão surge e o incêndio é iniciado. Devido ao calor do fogo, os vidros do veículo estouraram e a lataria ficou deformada. 

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Além disso, as fibras em cima do painel foram queimadas e todo o material utilizado para fazer os sorvetes foi perdido. 

Veja:

Com a possibilidade de incêndio criminoso, a empreendedora Cristina Nonnins, dona do foodtruck, relatou a aflição. 

"A imagem da câmera mostra uma pessoa tentando atear fogo na roda da frente, mas não consegue, então vai em outra roda e consegue. Infelizmente, eu não consegui identificar quem foi, porque a pessoa veio preparada, apagou os postes antes. Uma pessoa de muita má-fé veio para destruir minha vida. Fiz um boletim de ocorrência e agora é esperar pela justiça". 

Ainda segundo Cristina, foi um conhecido dela, que também trabalha com foodtruck, que viu as chamas e a acionou. 

"Um conhecido nosso que trabalha na rua viu e me ligou. Era 3h20 da manhã mais ou menos. Ele avisou que estava pegando fogo e eu vim correndo, chamamos os bombeiros, mas infelizmente não tinha muito o que fazer", contou. 

Arrecadação online 

"Eu participava de eventos, tenho um ponto em Itapuã. Atendia o público de modo geral, parava na pracinha e trabalhava lá. O pessoal entrava, tinha self-service, casquinhas, as pessoas se serviam. Estava aberto há um ano e meio", contou a empreendedora. 

A proprietária do foodtruck é mãe de uma menina de 5 anos. Sem outra forma de sustento, agora Cristina conta com a solidariedade da população. 

"Só o ônibus, a máquina das casquinhas e os freezers, que eram emprestados da empresa de sorvete, geraram um prejuízo de cerca de R$ 90 mil. Eu tinha um evento agendado, mas não tenho como trabalhar. Tudo que eu tinha, todos os meus recursos, estavam lá. Abri uma vaquinha online, as pessoas me ajudaram, fiquei até emocionada, mas continua muito longe do valor", disse. 

A vaquinha online foi aberta com o nome "Cristina Adame". Para ajudar com doações, interessados podem enviar um pix para [email protected]. Até agora, a empreendedora conseguiu arrecadar cerca de R$ 14 mil.

"Se eu pensar que a maldade pode voltar contra mim de novo, dá vontade de desistir. Mas tenho uma filha que depende de mim, não posso desistir", destacou. O caso segue sob investigação. 

*Com informações do repórter da TV Vitória / Record, Gabriel Cavalini.