Filho de pastor é assassinado a tiros enquanto jogava futebol em Vitória

Um rapaz de 20 anos foi morto a tiros, no início da noite desta quinta-feira (24), no bairro São Pedro, em Vitória. Segundo testemunhas, Matheus Vinicius da Rocha Silva havia ido jogar futebol em um parque da região, quando foi baleado. Ele chegou a ser socorrido, mas não resistiu.

O crime aconteceu no parque conhecido como Chiqueirão. O pai do jovem, o pastor Márcio da Vitória, disse que, assim que soube que o filho havia sido baleado, foi até o local e ainda o encontrou com vida.

O pastor colocou Matheus no carro e o levou até o Pronto Atendimento de São Pedro, mas o rapaz não resistiu e morreu assim que chegou `à unidade de saúde.

O pai contou que o jovem já teve envolvimento com drogas, mas havia se convertido e se batizado nas águas em novembro do ano passado.

"A dor não tem como expressar. O meu filho foi criado no evangelho, na igreja, embora tenha tomado outros caminhos. As amizades influenciaram, levaram ele a tomar caminhos tortuosos, como todos os jovens hoje estão tomando. E o fim dele é isso aí: sepultura", lamentou.

"Tentei o máximo que pude para que ele não vivesse essa vida. Embora ele não estivesse no tráfico pesado, mas o envolvimento também de pessoas que fazem parte acabou tirando a vida do meu filho", completou.

De acordo com o pastor, o filho não trabalhava, mas havia a expectativa dele se mudar para os Estados Unidos, para começar uma nova vida. Márcio da Vitória conta que chegou a pedir para o filho não sair de casa nesta quinta-feira.

"Liguei para ele hoje às 15 horas e falei: 'meu filho, não sai de casa não. Nós estamos conversando com o pessoal dos Estados Unidos. Vou tirar seu passaporte e você vai para lá trabalhar, vai viver uma vida diferente'. Ele ficou todo feliz. Mas, infelizmente, ele saiu agora no final do dia para jogar bola e fizeram essa covardia com ele".

O pai da vítima disse que, apesar do envolvimento que o filho teve com o mundo das drogas, era uma pessoa tranquila e sem maldade no coração.

"Era uma pessoa maravilhosa. Quem matou ele foi um covarde. Mas Deus é justo e eu oro pela alma dessa pessoa que fez isso. Ele era uma pessoa que não tinha malícia, era uma pessoa inocente. É claro que a vida do crime não é para ninguém, mas tem pessoas que não nasceram para aquilo, porque a mente não é maldosa". 

O pastor disse ainda que o filho se envolveu em uma discussão, na noite anterior, mas preferiu não especular qual pode ter sido a motivação do crime. "Ele discutiu com uma pessoa ontem à noite e hoje estava no lá no campo. Então ele não tinha maldade na mente".

Com informações da repórter Alice Mourão, da TV Vitória/Record TV