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Polícia

Número de agressões a mulheres durante o Carnaval segue aumentando em delegacias

Apesar do fim do feriado, algumas mulheres continuam procurando as delegacias para fazer boletins de ocorrência de casos de violência durante o Carnaval

Andressa Balbi

Redação Folha Vitória
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Foto: Reprodução
DPJ de Vila Velha, onde a mulher denunciou o irmão
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O feriadão do Carnaval terminou com dezenas de casos de agressões a mulheres. No total, foram 315 ocorrências de violência doméstica, mas, como muitas vítimas ainda estão indo as delegacias para fazer boletins de ocorrência, este número pode aumentar.

Dados oficiais da Secretaria Estadual de Segurança Pública (Sesp) dão conta que até ontem foram registrados 94 pedidos de medidas protetivas, 60 ameaças, 9 descumprimento de medidas protetivas, 52 outros casos de violência doméstica, dez ocorrências de estupro, 4 importunações sexuais, duas tentativas de feminicídio e 84 lesões corporais em todo o estado. 

Um destes casos é de uma administradora de 35 anos, que foi agredida com socos no rosto e pontapés pelo próprio irmão, de 42 anos.

O caso aconteceu na última terça-feira (5) de Carnaval, no bairro Tiradentes, em Cariacica. De acordo com o relato da mulher, que preferiu não ter a identidade revelada, o irmão teria a agredido sem justificativas durante uma comemoração de carnaval. 

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Segundo ela, as agressões aconteceram na presença da mãe deles, dos filhos e de alguns familiares. "O motivo do meu espancamento, foi por conta de uma opinião divergente. Meu irmão teria ficado exaltado e, sem motivos, acabou me atacando com socos e chutes. Quando dei por mim, ele estava socando o meu rosto", contou.

No boletim de ocorrência feito pela vítima, na 2º Delegacia Regional de Vila Velha, o irmão teria a atacado durante uma discussão familiar. De acordo com o documento, ele teria dados vários socos contra a região do rosto dela e só teria parado com as agressões depois que irmã teria caído no chão.

Passado de agressões

A vítima disse que o irmão, de 42 anos, já havia realizado outras agressões. Há cerca de seis anos, ele teria espancado a própria esposa. "Naquela época, ele foi denunciado. Ele foi detido. Precisou depor na delegacia, mas foi liberado logo depois de pagar uma fiança determinada pela Justiça", contou.

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A administradora contou que resolveu denunciar por uma questão de Justiça. "Eu já perdoei as agressões. Até por minha mãe e minha família. Mas não vou deixar que tudo passe despercebido. Fiz o boletim de ocorrência, busquei ajuda na polícia, para que outras mulheres não passem por isso. É meu irmão, mas ele precisa parar com isso. É uma dor grande, a dor é na alma. Estou muito assustada e com medo, mas não vou me calar diante as agressões.", desabafou.





 


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