/1034847/FOLHA_VITORIA_AMP_TOPO |
Polícia

Engenheiro já havia agredido professora antes dela ser morta

O crime aconteceu no bairro Jardim Camburi, em Vitória

Redação Folha Vitória
audima
audima
pp_amp_intext | /1034847/FOLHA_VITORIA_AMP_02

O homem suspeito de assassinar a própria mulher, a professora Danielly Wandermurem Benicio, de 36 anos, já teria agredido a vítima antes. Foi o que informou o delegado Janderson Lube, titular da Delegacia de Homicídios e Proteção à Mulher (DHPM).

As últimas imagens da vítima mostram ela, por volta das 22 horas, descendo pelo elevador do prédio para colocar o lixo para fora. Em seguida ela deixou o prédio e minutos depois voltou com um fardo de cerveja.

A professora foi encontrada morta na noite seguinte, dentro de casa. O marido e um parente dele foram os primeiros a chegar ao apartamento. A polícia foi acionada e a suspeita inicial era de suicídio.

"Isso era narrado pelo Patrick, por relatos de testemunhas e parentes que falaram que naquele dia ela teria tentado pular pela janela, mas o fato é que as provas são de que a morte dela foi causada por uma terceira pessoa", informou o delegado.

pp_amp_intext | /1034847/FOLHA_VITORIA_AMP_03

Quase dois meses após o crime as investigações foram concluídas. Exames realizados pela Polícia Civil apontaram que a morte de Danielly, na verdade, foi provocada por um traumatismo craniano. De acordo com a polícia, o principal suspeito é o marido dela.

Segundo as investigações, na tarde do dia 29 de janeiro, Danielly e o marido Patrick Santos Filgueira discutiram. Patrick havia desconfiado que a professora estava trocando mensagens com outro homem. Por meio de um aplicativo espião, ele monitorava as conversas da esposa pelo celular e por isso houve uma discussão.

Após a discussão, Patrick deixou o apartamento, mas na mesma noite voltou ao local acompanhado de um parente. Depois de pegar algumas coisas, os dois saíram. As imagens das câmeras mostraram que o suspeito entrou de novo, sozinho. Dois minutos foram suficientes para cometer o crime.

pp_amp_intext | /1034847/FOLHA_VITORIA_AMP_04

"O fato é que ele ali naqueles 12 minutos que ele permanece no apartamento, e naqueles dois minutos que ele fica sozinho, foram os momentos que ele praticou essa ação violenta contra a vítima", contou Lube. 

Patrick está preso desde o dia 17 de fevereiro. Após a conclusão do inquérito, ele foi indiciado por homicídio qualificado pelo meio cruel e por feminicídio. A forma como se referiu à esposa durante os depoimentos também chamou a atenção da polícia.

"A narrativa dele, depreciando a imagem dela como uma pessoa doente, trouxe esse elemento de que ela guardava chumbinho, gerando a suspeita de que ela teria ingerido chumbinho", afirmou o delegado.

Ainda de acordo com as investigações, Patrick já havia agredido a esposa antes, mas Danielly nunca fez denúncias. Assim como ela, quatro mulheres foram vítimas de feminicídio na Grande Vitória este ano. Em 2017, foram registrados, no total, 16 casos.

pp_amp_intext | /1034847/FOLHA_VITORIA_AMP_05

"A gente trabalha com a hipótese zero, de não ter nenhum feminicídio, mas o que a gente pode enaltecer é que no ano passado houveram 16 que foram resolvidos. Esse ano foram quatro e dois já foram resolvidos. O caso específico da professora Danielly, todas as provas reunidas nos autos apontam que o Patrick é autor do fato, tanto que na porta não se encontrou nenhum sinal de arrombamento", disse o chefe de Polícia Civil, Gulherme Daré.

/1034847/FOLHA_VITORIA_AMP_FINAL_DA_MATERIA |
/1034847/FOLHA_VITORIA_AMP_FINAL_DA_MATERIA |

Nós utilizamos cookies e outras tecnologias semelhantes para melhorar a sua experiência em nossos serviços, personalizar publicidade e recomendar conteúdo de seu interesse. Ao utilizar nossos serviços, você concorda com tal monitoramento. Saiba mais sobre nossa Política de Privacidade.