Polícia prende suspeitos por morte de feirante em Vila Velha
Segundo a Polícia Civil, um amigo da vítima teria contratado um comparsa por R$ 150 para ajudar na execução. O crime aconteceu em janeiro, no bairro Ataíde
A Polícia Civil prendeu dois suspeitos responsáveis pela morte do feirante Arnildo Friedrich, em Vila Velha. O crime aconteceu na madrugada de 7 de janeiro, no bairro Ataíde, próximo à casa da namorada do feirante.
Segundo a investigação, a motivação do crime teria sido financeira e o principal suspeito é um amigo da vítima. O suspeito, de 24 anos, teria contratado um comparsa, de 19 anos, por R$ 150 para ajudar executar o feirante.
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O feirante Arnildo Friedrich, de 36 anos, era de Santa Maria de Jetibá, na região Serrana do Espírito Santo. Ele foi morto com sete tiros quando ia para feira do bairro Aribiri com o caminhão carregado com morangos, frutas e legumes.
O crime aconteceu por volta das 2h. A namorada do rapaz estava no banco do carona do caminhão. O casal estava junto há cerca de oito meses. Segundo a namorada da vítima, o atirador não chegou a levar nenhum objeto.
"No início das investigações descartamos a possibilidade de que teria sido um crime de latrocínio. Pela dinâmica percebemos que se tratava de uma execução. Conversamos com os parentes das vítimas, diversas pessoas foram ouvidas e todas disseram que a ex-esposa, nem o ex-sogro teria histórico criminoso, apesar das discussões", disse o delegado Christian Waichert, adjunto da Delegacia Especializada de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) de Vila Velha.
A namorada da vítima contou que o criminoso se aproximou e gritou algo que ela não entendeu. Em seguida, ele seguiu para janela da porta do motorista.
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Assustado, o casal tentou fugir pela porta do carona, mas o feirante acabou baleado e caiu na lateral do caminhão. Segundo a polícia, a arma utilizada no crime é uma pistola calibre nove milímetros.
Durante as investigações, a Polícia Civil recebeu informações de que o feirante estava utilizando a conta bancária e uma máquina de cartão de um amigo, para conseguir trabalhar.
"Recebemos informação de que esta vítima teria uma certa quantia em dinheiro depositado na conta de um amigo e um amigo íntimo, em virtude de sua conta pessoal está bloqueada por conta da separação. A vítima também estava usando uma máquina de cartão de crédito do amigo para conseguir fazer movimentações financeiras", disse o delegado.
Foi a partir daí que o feirante começou a suspeitar que esse amigo estaria desviando o seu dinheiro que estava caindo nessa conta bancária emprestada.
"Conseguimos entender toda a motivação do crime, que está relacionada a essa quantia em dinheiro depositada na conta do amigo. O amigo da vítima teria se recusado a devolver o dinheiro e resolveu matar o feirante para evitar novas cobranças".
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A Polícia Civil também descobriu que o crime foi planejado. O amigo, cansado das cobranças do feirante, teria contratado um comparsa para executar o crime, por R$ 150. Os dois suspeitos já sabiam como era a rotina da vítima.
Eles foram até a casa da namorada da vítima e esperaram os dois saírem de casa, quando Arnildo e a namorada entraram no caminhão, um dos suspeitos apareceu e atirou uma vez.
O feirante tentou correr, mas foi perseguido e atingido por mais sete disparos. Segundo a polícia, após o crime, os suspeitos entraram em um carro e foram comemorar a morte do feirante em uma distribuidora.
A investigação do crime continua e até o momento a polícia não pode afirmar qual dos dois suspeitos atirou várias vezes contra Arnildo. O amigo do feirante negou todas as acusações, já o comparsa teria confessado e afirmado toda sua participação no homicídio.
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